A médica paraibana Adriana Melo, que ficou conhecida mundialmente por ter sido a primeira profissional de saúde a relacionar o surgimento de microcefalia em bebês com o zika vírus, surpreendeu ao rejeitar o título de Cidadã Campinense aprovado pela Câmara de Vereadores.
A especialista ficou indignada porque a Casa rejeitou uma emenda apresentada pelo vereador Olimpio Oliveira (PMDB), ao projeto original do Executivo, concedendo uma subvenção de R$ 5 mil, ao Ipesq. O instituto coordenado por ela presta apoio a essas crianças. Na ultima quarta-feira (30) a Câmara Municipal de Campina Grande aprovou um projeto de lei de autoria do Poder Executivo que permite a prefeitura a repassar recursos financeiros para 13 instituições filantrópicas da cidade. O Ipesq ficou de fora. O vereador Olimpio tentou emendar o projeto, mas o requerimento foi rejeitado pelos vereadores governistas.
Ao saber que a proposta havia sido derrotada, a médica usou as redes sociais para lamentar o não repasse de subvenções da Prefeitura de Campina Grande para o Ipesq,
Diante disso, a médica gravou um vídeo em que lamenta a posição dos parlamentares, recusando-se a receber o título de cidadania campinense proposto pela CMCG. Ela também citou o nome de todos os vereadores que votaram contra a emenda.
– Dizer aos vereadores que a gente já esperava isso. Dizer também que eu não entrei nisso por prêmio, nem por reconhecimento. Eu entrei por ação, então considerem aqueles convites que me fizeram como o dia municipal da microcefalia ser no meu aniversário e o título de cidadã campinense, considerem rejeitado. Eu não preciso de titulo dado por vereadores para poder me considerar campinense – desabafou Adriana no vídeo que se espalhou nas redes sociais.
Adriana Melo é médica de gestações de alto risco na maternidade pública de Campina Grande, e ganhou notoriedade internacional por ser responsável por estudos que descobriram associação entre o Zika vírus e a microcefalia, além de outros distúrbios.
Em sua pesquisa ela descobriu que além das suspeitas de relação entre o zika vírus na gestação e a microcefalia em bebês, o vírus pode estar provocando problemas na formação de músculos e articulações dos recém nascidos.
O líder da oposição, vereador Anderson Maia (PSB) se solidarizou com todas as instituições que foram deixadas de fora e afirmou que nenhuma das 16 entidades foram visitadas pela Comissão de Saúde, que teria essa obrigação.
– A lei do ano passado contemplava 29 instituições, que receberam com atraso. Pra nossa surpresa, a lei desse ano além de cortar 16 instituições, também não colocou o retroativo de fevereiro a julho. A lei chegou em caráter de urgência para votação e os motivos para o corte são contraditórios. Essas instituições não foram ouvidas e nem visitadas. Elas foram visitadas apenas pela bancada de oposição, mas era responsabilidade da Comissão de Saúde, composta pelos vereadores Rodrigo Ramos, Márcio Melo e Alexandre do Sindicato – criticou.
Severino Lopes
PB Agora
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