Os usuários dos planos de saúde Geap, Amil, Smile, Hapvida e Norclínica terão seus atendimentos em consultórios médicos suspensos por 24h começando a contar das 7h desta quarta-feira, dia 21.
A paralisação faz parte de um desdobramento de uma ato semelhante feito no dia 7 de abril, quando os médicos também cruzaram os braços em protesto. A medida, de porte nacional, deve atingir todas as cidades da Paraíba, sendo a capital e Campina Grande as mais afetadas.
Entre os motivos que levaram os médicos a paralisarem os atendimentos de alguns planos de saúde estão a revisão no valor pago por consultas advindas desses planos e uma maior autonomia com o fim da interferência antiética das operadoras. Nos últimos dois anos os planos de saúde aumentaram em 140% o valor cobrado pelo serviço enquanto reajustaram os honorários repassados aos médicos em 60%, fato que gerou insatisfação na classe.
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba (Simed-PB), Tarcísio Campos, quase a totalidade dos consultórios que atendem os planos citados anteriormente paralisarão suas atividades. “Essa nova paralisão, semelhante a realizada no dia 7 de abril, deverá atingir o atendimento de 80% dos consultórios em João Pessoa. Caso não seja resolvido o impasse os médicos poderão a recorrer a outras paralisações”, afirmou Tarcísio Campos. A solicitação dos médicos é de que os planos de saúde tenham como parâmetro no reajuste a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM).
A Agência Nacional de Saúde Sumplementar (ANS), responsável pela regulamentação dos planos da saúde no Brasil, afirmou por meio de sua assessoria que não gere os reajustes referentes aos honorários repassados aos médicos. Conforme explicou o presidente da ANS, Maurício Ceschin, a agência considera legítima a luta por melhores contra a manifestação dos médicos desde que as operadoras de planos de saúde garantam o atendimento do que foi contratado pelos beneficiários.
O NORTE
