Ouvir que alguém está com “açúcar elevado no sangue” parece algo inofensivo, afinal, que de mal poderia trazer um sorvetinho, um refrigerante bem gelado, aquela macarronada de domingo ou um pedaço de bolo de chocolate? Esses alimentos no dia a dia podem ser bastante agradáveis ao paladar e – talvez por isso – nem paramos para pensar se nosso corpo está aceitando bem todo o açúcar contido neles ou se podemos estar desenvolvendo um quadro de diabetes. Para falar sobre o tema foram ouvidos os endocrinologistas Felipe Menezes e Claudia Cozer Kalil, que falaram sobre os sintomas e especialidades médicas envolvidas no tratamento da doença.
Vale ressaltar que no último dia 26.06.2022, foi o Dia Nacional da Diabetes. O Brasil é o quinto país com mais casos de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de adultos doentes, entre 20 e 79 anos, segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF).
Segundo Felipe Menezes, essa é uma das comorbidades mais prevalentes em todo o mundo, sendo responsável por várias doenças em longo prazo. Ele explicou que a diabetes está relacionada ao alto índice de açúcar no sangue e quando isso acontece “começa a lesionar vários órgãos a exemplo da retina, provocando cegueira”. Além disso, também pode causar disfunção nos rins, sendo a principal causa de hemodiálise, podendo provocar até amputação de membros, como os dedos dos pés, diz o médico ai ressaltar que há dois tipos de diabetes: o tipo 1 e o tipo 2. O primeiro tipo tem origem autoimune. “Geralmente acontece quando você pega alguma infecção viral e essa infecção provoca a produção de anticorpos que chama-se autoanticorpos, que vão atacar o pâncreas e destruir as células betapancreáticas, responsáveis pela produção da insulina – hormônio que coloca a glicose para dentro da célula. Quando ocorre isso, o paciente se torna um paciente diabético”, comentou Felipe.
O médico Felipe Menezes destaca a importância de se locomover, de praticar atividade física, haja vista que o sedentarismo é um dos principais fatores que acentuam a possibilidade de desenvolver a doença e que isso aumentou muito durante a pandemia. A Lei 11697, de 29 de maio de 2020, assegura prioridade de atendimento às pessoas com diabetes nos órgãos públicos, estabelecimentos comerciais e instituições financeiras no Estado da Paraíba.
Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF), estima-se que existem mais de 5,7 milhões de casos não diagnosticados no Brasil. O atraso no diagnóstico faz com que o paciente portador de diabetes mantenha uma dieta com níveis altos de glicemia por tempo prolongado, rotina que, sem tratamento, pode levar a lesões vasculares de órgãos importante como coração, cérebro, rins e olhos. O diabetes é um dos principais fatores de risco para morbidades como infarto cardíaco, derrame (AVC), insuficiência renal e cegueira.
Claudia Cozer Kalil explica porque essa condição é considerada um agravante para casos de Covid-19. “O diabetes é uma doença na qual a glicose fica elevada no sangue e não dentro da célula. Esse sangue fica mais viscoso e com uma densidade maior, o que dificulta muito a movimentação das células de defesa, que precisam chegar até o vírus ou bactéria para eliminá-la. Então aumenta a mortalidade justamente por diminuir a resposta imunológica e inflamatória”, acrescentou.
Da Redação
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