Atendimento suspenso. Os médicos cirurgiões do Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), em Campina Grande, referência no atendimento a pessoas com câncer na região, paralisaram as cirurgias eletivas por tempo indeterminado, a partir desta segunda-feira (1º).
De acordo com o documento da denúncia, enviado ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Ministério Público Estadual (MPPB), a auditoria da Secretaria Municipal de Saúde teria fraudado o código das autorizações das internações hospitalares (AIH), com o objetivo de diminuir os valores pagos por procedimentos médicos realizados na unidade de saúde.
Conforme o documento da denúncia, em um dos procedimentos, que deveria custar R$ 1.075 foi pago por R$ 56, causando prejuízo aos profissionais que prestaram atendimento ao Hospital da FAP. Segundo os médicos, a suposta fraude acontecia desde 2017.
A denúncia foi encaminhada ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público Estadual, além do Conselho Regional de Medicina (CRM). “Nós fomos procurados pelos cirurgiões, afirmando que estaria havendo desde 2017 uma diferença do pagamento autorizado e do que efetivamente estava sendo pago, com uma mudança de códigos, por parte da auditoria”, informou Antônio Henriques, vice-presidente do CRM
A Secretaria Municipal de Saúde disse que recebeu a denúncia com surpresa, porque a auditoria é feita com lisura e responsabilidade. No entanto, a secretaria deve pedir a presença de um auditor do departamento nacional para verificar qual o tipo de inconsistência. O presidente da Fundação Assistencial da FAP, Derlópidas Neves, disse que só vai se pronunciar sobre o caso quando tiver acesso aos documentos da denúncia.
Redação