Em 13 anos, o Brasil registrou 393.941 casos suspeitos de meningite, conforme dados do Ministério da Saúde. Considerada perigosa, a doença atinge principalmente crianças de até 4 anos e pode levar a morte, mas pode ser facilmente evitada com a atualização da caderneta vacinal. Médica responsável pela Terapia Intensiva do Hapvida, Francine Gonçalves faz o alerta para que pais e responsáveis vacinem as crianças com os imunizantes ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“Apesar do medo quando se fala da doença, a meningite é tratável, existe vacina e elas são ofertadas pelo SUS. Às vezes os pais não conseguem interpretar o cartão, ver quais doses faltam. Eles devem levar o documento até a sala de vacina e os profissionais que são capacitados vão identificar qual precisa tomar, qual já foi administrada”, explica.
A médica ressalta ainda que algumas vacinas precisam ter a dose de reforço, que também são necessárias para aumentar a proteção e diminuir as chances de contaminação.
Causada a partir da inflamação da meninge, uma película que recobre o cérebro, a doença pode se dividir em vários tipos, conforme a forma de infecção: ela costuma ser causada por vírus, bactérias, parasitas e fungos. Os sintomas mais comuns são febre, falta de apetite e fadiga, mas podem haver outros sinais que indicam uma forma mais grave.
“Quando há uma febre alta persistente, a criança tem dificuldade de levar o queixo até o pescoço por conta de uma rigidez na nuca e aparecem manchas vermelhas, são sinais de alerta e a pessoa deve ser levada imediatamente ao hospital mais próximo”, pontua.
Assessoria