O Ministério da Saúde enviou, no último fim de semana, mais 100 respiradores mecânicos para estados do Norte e do Nordeste. Os contemplados foram Amapá, Ceará, Paraíba e Pernambuco. Com mais essa remessa, o número de aparelhos distribuídos para o tratamento da Covid-19 chega a 487 em todo o país.
Amapá e Paraíba receberam, cada um, 20 equipamentos, enquanto os estados de Pernambuco e Ceará foram contemplados com 30 cada. Os equipamentos são utilizados nas unidades de tratamento intensivo e são essenciais para salvar a vida de uma parcela dos infectados, a que sofre com problemas respiratórios mais agudos. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, os respiradores são usados em 5% dos casos, como explica Wanderson Oliveira, secretário de Vigilância em Saúde.
“De cada 100 pessoas, 80 não vão desenvolver qualquer sinal ou sintoma, mas pegou a doença, foi infectado. Vai ter uma doença leve, sintomas bem brandos, vão precisar de algum atendimento especializado, internação. Só cinco vão precisar de respiradores, [a doença] vai se agravar”, destacou.
Até o momento, desde o início da pandemia, foram distribuídos 90 respiradores para o estado do Amazonas, 65 para o Amapá, 75 para o Ceará, 20 para Paraíba, 10 para Espírito Santo, 80 para o Pará, 50 para Pernambuco, 20 para o Paraná, 60 para Rio de Janeiro e 17 para Santa Catarina.
O Brasil foi um dos países afetados pela falta de respiradores, já que a alta demanda dos aparelhos prejudicou a importação. O Governo Federal precisou se movimentar para resolver o problema internamente e o Ministério da Saúde firmou três contratos com empresas brasileiras para a produção 14.100 respiradores. A empresa Magnamed deve produzir 6.500 equipamentos, a Intermed outros 4.300 e, por fim, KTC prometeu entregar 3.300 respiradores.
O investimento para a aquisição destes equipamentos ficou em torno de R$658 milhões. Segundo o ministro da Saúde, Nelson Teich, em casos emergenciais como o de uma pandemia é preciso investimento constante e apoio contínuo do ministério, que vai estar presente onde for necessário.
“Numa crise como essa, você tem que tentar melhorar sempre, isso é uma coisa óbvia, mas é o que tem que ser. O país precisa disso, a nossa meta é essa. Estamos juntos daqueles que estão trabalhando pela sociedade”, disse o ministro.
Além de providenciar os respiradores nacionais, ação que envolve 15 instituições diferentes, o Ministério da Saúde também já habilitou 2.644 leitos de UTI em 91 municípios de 22 estados do país e do Distrito Federal destinados a atender, exclusivamente, pacientes graves ou críticos de coronavírus. Para financiar estes leitos, o investimento foi de R$ 382,7 milhões.
PB Agora
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