Em uma audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, atribuiu culpa ao SUS (Sistema Único de Saúde) pelo descontrole da crise sanitária no Brasil causada pela pandemia do novo coronavírus.
Na sessão, o médico também afirmou que o governo tem atuado para evitar a transmissão comunitária da cepa indiana.
“O nosso sistema de saúde, a despeito dos avanços que teve nas últimas três décadas, padecia de vicissitudes. Unidades hospitalares sucateadas, urgências lotadas, UTIs lotadas e filas de cirurgias para serem realizadas”, disse ele ao enfatizar que parte dos resultados negativos “decorre das carências do nosso sistema de saúde”.
Em março deste ano, porém, o governo federal cortou em 72% a verba destinada à manutenção de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) nos estados. Uma reportagem publicada pelo UOL em dezembro de 2020 mostra que em seis meses o SUS havia perdido um de cada três leitos de UTI destinados a pacientes com covid-19. Sobre a cepa indiana do novo coronavírus, o ministro enfatizou que entregou ao Maranhão, primeiro estado a registrar a entrada da mutação no Brasil, um lote adicional de 300 mil doses de vacina na tentativa de criar um cinturão para eventualmente impedir uma transmissão comunitária do vírus.
Agora, se essa ação é suficiente para conter uma transmissão comunitária, gostaria de dizer que seria, mas o Reino Unido que possui uma sistema de saúde muito mais amadurecido do que o nosso, não conseguiu conter.
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Redação com UOL