O ex-ministro da Saúde no Governo Bolsonaro, Marcelo Queiroga, evitou se manifestar – em resposta à imprensa, nesta quarta-feira (19) – sobre a distorção de quase R$ 16 bilhões em 2022 detectada pela Controladoria Geral da União (CGU) à época em que ele geria a pasta do Ministério da Saúde.
O médico se ateve a dizer apenas que as distorções não fazem parte da sua atuação na pasta e também não caracterizam desvios de recursos públicos, mas sim uma inconsistência realizada relacionada a atividades do próprio ministério. A auditoria, no entanto, abrange o ano de 2022, último ano de Bolsonaro e mesma época em que a pasta era gerida pelo cardiologista paraibano. As informações repercutiram no programa Arapuan Verdade, da Arapuan FM.
ENTENDA
A CGU identificou que as distorções se concentram nas transferências fundo a fundo, controle de estoques de medicamentos, patrimônio imobilizado e outras áreas, como a dívida ativa da Agência Nacional de Saúde (ANS).
As inconformidades também se referem ao pagamento de despesas, lançamentos contábeis em contas de estoques e controles patrimoniais.
Ao final do relatório, a CGU relaciona uma série de 21 recomendações ao Ministério da Saúde, Funasa e ANS. Entres elas, o órgão aponta a necessidade de realizar ajustes nos lançamentos nas contas de estoques e no controle de perdas.
“Considerando as distorções e as inconformidades apontadas, conclui-se que as demonstrações contábeis do Ministério da Saúde não refletem, em todos os aspectos relevantes, a real situação patrimonial, financeira e econômica da organização e que parte das transações subjacentes apresenta inconformidade com as normas aplicáveis”, anotou a CGU.