São muitas histórias, lembranças, amor e afeto. É e sempre vai ser uma relação de proteção, segurança e amparo. Como lidar com a perda da mãe/pai? Como lidar com essa falta e com essa sensação de buraco que jamais será preenchido? Para falar sobre essa temática, nesta Dia dos Pais (13/08), foram ouvidas as psicólogas Patrícia Feiten e Simone Lira.
Para Patrícia, desentendimentos são impossíveis de não existir, pois isso faz parte de toda relação humana. “Foque mais nas lembranças e momentos bons que tiveram juntos. O laço entre vocês é único e eterno. Quando for envelhecendo pode ter certeza que as memórias de afeto vão continuar existindo e o que você aprendeu com a tua mãe/pai você vai levar para a vida inteira”, revela ao destacar ainda que quando perdemos um ente querido, a pessoa adulta sente que poderia ter feito algo a mais. “Os pais foram aqueles quem cuidaram e estiveram ao seu lado ao longo da vida. Por isso que existe um sentimento de que agora seria o seu momento de retribuir o cuidado. Assim, normalmente após a morte da mãe ou do pai permanecem sentimentos contraditórios. Nesses casos, lembre-se que: você fez tudo que poderia ter feito naquele momento, com as informações e com o pensamento que tinha na época. É fácil nos julgarmos por que fizemos ou deixamos de fazer no passado se não estávamos preparados para isso naquele momento. Não há como mudar o que foi falado e o que não foi falado. O que é possível fazer é entender que você agiu da melhor maneira possível naquele momento e a sua mãe/pai sabia muito bem do amor que tinha por eles, pois os pais sentem essas coisas”, comenta Feiten.
Assim também pensa Simone, que considera o momento de perda delicado. ““Permita-se sentir as emoções que surgirem, seja tristeza, saudade ou gratidão pelos momentos compartilhados. Aceitar e expressar esses sentimentos é um passo importante para a vivência do processo de luto.”
Da Redação