Qualquer semelhança com o texto, a seguir, é mera coincidência.
Era uma vez um hospital, projetado para ser o maior e também o de referência de uma vila. Ele começou a ser construído em um governo e no outro, claro, suas obras foram paralisadas, sendo concluído, óbvio, no subseqüente.
Após algum tempo de funcionamento, o hospital passou a ficar superlotado. A negligência virou uma constante por parte de alguns médicos. Outros até deixavam de lado o atendimento aos pacientes para assistir o clássico de futebol da seleção nacional.
E tinha casos em que eles até eram recompensados. Mesmo trabalhando pouco, alguns ganhavam até 60 mil dinheiros da vila. Isso, por mês. Há, e eles não reclamavam de nada.
O tempo passava e as coisas aconteciam. Equipamentos comprados por quantias milionárias se deterioravam, com o tempo, isso sem sequer que tenha sido utilizado por um único paciente.
Mesmo com tantos problemas, os pasquins, as difusoras e os demais veículos de comunicação da vila jamais ousaram a dar uma linha ou um pitaco sequer do hospital. Afinal todos eles eram alimentados pelos fartos recursos da Secom, que eram vultuosos e não tinham limites estipulados. E tudo isso com o aval do tribunal que todos os anos julgava as contas dos políticos da vila.
Ai, eis que a vila ganha um novo gestor. E este governo decide acabar com os privilégios e as mordomias dos médicos. Os salários astronômicos foram cortados. A falta dos médicos passou a ser proibida e quando acontecesse sem motivo passaram a ser descontado.
A partir daí a vila e o país começaram a acompanhar o trauma do hospital. Verdade ou mentira os médicos se rebelaram contra o governo e começaram a disseminar o medo na população. De queda em paciente a cirurgia com furadeira, todos os tipos de denuncias foram fabricadas pelos pasquins, difusoras e outros veículos de comunicação.
Mas eis que na pratica as coisas dentro do hospital da vila voltavam a funcionar a contendo, normalmente, como na época de sua abertura.
O povo da vila percebeu, então, e constatava que o que diziam do hospital, na pratica, não era aquilo. O trauma do hospital era uma invencionice criada por aqueles que em detrimento do sofrimento do povo da vila se locupletava em beneficio próprio.