Com o objetivo de abranger novas especialidades para atender a demanda da população, o Programa Opera Paraíba iniciou nesta terça-feira (21), no Hospital de Clínicas de Campina Grande, as primeiras cirurgias de cabeça e pescoço. A nova especialidade atendida pelo programa abrange o diagnóstico, tratamento e reabilitação de tumores de fossas nasais, seios paranasais, lábios, boca, laringe, faringe, esôfago, traquéia, ouvido, glândulas salivares, bócios e tumores da tireoide e paratireoide.
De acordo com o diretor geral do Hospital de Clínicas, médico Thyago Morais, o ambulatório de Cirurgia Cabeça e Pescoço teve início na semana passada, atendendo aos pacientes que já estavam cadastrados no RegNutes – sistema de regulação do Estado para o agendamento das cirurgias do Opera Paraíba. “Hoje teremos quatro procedimentos cirúrgicos, uma tireoidectomia, uma cirurgia de glândulas parótidas e outros dois procedimentos de esvaziamento cervical. A cirurgia será realizada por Dr. Ivo Marques, um cirurgião já renomado aqui na cidade de Campina Grande, que vem a somar ao time do Opera Paraíba, ao time do HC, fazendo com que a gente possa aumentar a quantidade de especialidades no serviço, sempre prezando pela qualidade do procedimento realizado, para que esses pacientes sejam beneficiados”, explicou.
Para o cirurgião de cabeça e pescoço, Ivo Marques, com a nova especialidade, o Opera Paraíba vem sanar uma demanda historicamente reprimida pelo SUS. A cirurgia de cabeça e pescoço vai ser um ganho enorme para o Estado, para a cidade de Campina Grande, e para o usuário do sistema de saúde que ganha em melhorias no atendimento e na rápida recuperação. “Têm alguns procedimentos que são complexos, pela proximidade anatômica da região do pescoço, são cirurgias que têm uma delicadeza grande com relação à preservação de nervos, de vasos, de músculos. Então, nesse sentido, é delicado, mas ao mesmo tempo é uma cirurgia que tem uma recuperação muito boa do paciente”, explica Ivo Marques.
A nova especialidade do Opera Paraíba veio para mudar a vida de pessoas como dona Francisca Damiana da Silva, de 42 anos, agricultora da cidade de Marizópolis, que há cerca de dois anos procurava atendimento para tratar os dois nódulos na tireoide. “Era um incômodo na garganta, queda de cabelo e quando eu ia comer alguma coisa, tinha a impressão de que não estava descendo, ou descia rasgando. Só de tirar esse incômodo, já é uma vitória”, conta a agricultora.
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