Antes de falar da Paraíba, do governador João Azevêdo e do prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, além dos seus respectivos decretos para conter o avanço da Covid-19, preciso citar a Grécia antiga, considerando-a berço da civilização ocidental. Foi lá que surgiram as primeiras ciências como história, filosofia e matemática. Desde pequenas, as crianças já eram educadas pelos mais sábios gregos, aprendendo sobre a história das civilizações.
Também a astronomia, música e teatro. Tudo foi formado por invasores de diversas etnias e culturas, fato este que explica toda a miscelânea grega. Dentre esses povos, destacam-se os jônios, os dóricos e os eólios.
Durante a antiguidade, a Grécia era dividida em cidades-estado. Cada uma delas, por sua diversidade cultural. Tinham autonomia e sua própria forma de governar. Enquanto Esparta preparava seus jovens para as guerras, Atenas incentivava o intelecto.
Contudo, além das que mencionei, as cidades-estado de Tebas, Creta e Troia também não comungavam da mesma política. Um separatismo que enfraquecia governo e povo. E não pense no filme 300. A separação das cidades-estado as deixou vulneráveis a exércitos estrangeiros.
João, Bruno e as cidades-estado
Pense que há mitos na história. Pense no factual. Na pura verdade dos fatos. Em um dia de cada vez João Azevêdo busca uma liga com as cidades-estado, em especial a “controlada” por Bruno Cunha Lima, que disputa na esfera jurídica uma brecha para não cumprir o decreto estadual emitido pelo governador e dar gás ao seu.
Para a minha pessoa, a melhor opção seria os dois gestores seguirem um mesmo caminho, já que João Pessoa e Campina Grande são os dois maiores pólos para abarcar as vítimas do coronavírus em ambulatórios e UTis destinadas a essa enfermidade. União, em tempos como o atual, é a palavra mágica.
Bruno e João não precisam consultar os oráculos de Delfos a fim de saber que um mais um é sempre mais que dois. E nesse ponto cheguei a uma conclusão óbvia: a vida está acima dos interesses políticos.
E não há nota de A ou B construída por assessores que evite as mortes causadas pelo coronavírus. A campanha, hoje, não é eleitoral e, sim, pela vida.
Quem não entender algo tão óbvio será conivente com o choro de milhares de famílias paraibanas que perderam, ou perderão alguém para um vírus mortal. Pensar de outra forma é pensar pequeno, no mínimo.
Dois bons agentes públicos, Bruno e João precisam chegar numa equação razoável e juntar forças para lutar contra um exército invisível e poderoso. A hora é do diálogo, não de rupturas. É o que a Paraíba espera.
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