Os ultraconservadores e reacionários que apoiam o projeto de poder do presidente Jair Bolsonaro foram às suas no 1º de Maio, Dia do Trabalhador (não do trabalho).
Uma verdadeira festa de muitos convidados e poucos participantes, em quase todos os Estados onde houve manifestações; coisa de elite, de patrão, e com participação quase zero de trabalhadores. Muita festa e muita alegria exatamente quando o Brasil se torna o epicentro do coronavírus para o mundo, com seus mais de 400 mil cadáveres e uma política sanitária nacional na contramão do resto do planeta.
A dor de milhares de famílias enlutadas pela perda dos milhares de ente queridos não estava na pauta. Mas estavam o ultrapassado discurso de combate ao comunismo; o pedido da volta do voto impresso, e um ridículo “eu autorizo” como senha para o presidente intervir nos decretos baixados pelos governadores para o enfrentamento da pandemia, como se ele pudesse tudo…
Nem quinze segundos de silêncio para reverenciar os mortos pela Covid-19 ou confortar as famílias de luto. Nada!
É muito estranho o ponto da pauta dos reacionários em que pedem a volta ao voto impresso em substituição às urnas eletrônicas. O processo eletrônico colocou o Brasil na vanguarda mundial no tocante à votação e apuração em eleições. E as queixas de fraudes são mínimas.
É possível haver fraude na contagem de votos sufragados em urnas eletrônicas? Só especialistas poderão dar a palavra final a respeito. A nós, pobres leigos, nos resta um débil “pode ser”. Pode haver um “assalto” virtual a bancos? Sei, lá. Pode ser. Mas apenas “pode”. Não há confirmação de nenhum caso inerente aos exemplos acima.
Não precisa ser expert em nada, no entanto, para se afirmar que o voto impresso no Brasil registra um enorme histórico de fraudes em tudo que é eleição. Desde eleição de Associações de bairros, até as mais expressivas.
É notório que a possibilidade de fraude numa eleição com voto eletrônico é infinitamente menor (se for possível) do que com o voto impresso, cujas cédulas correm à velocidade da luz nas mãos de mesários (risco 1) e terminam computados nos famosos boletins de urna (risco 2). Fiscal de partido, a olho nu?! Não garante nada…
As fraudes em mesas de apuração são muito conhecidas, especialmente em cidades do interior. Eu tive um professor de Ciências que, muitos anos depois, nos contou como roubava votos para os candidatos de sua preferência quando era mesário nas eleições realizadas em Serraria. Ele contava, com orgulho da sua capacidade de “engalobar” os fiscais, que era na base de um pra tu e dois pra mim.
Convenhamos: qual dos dois processos torna as eleições mais vulneráveis às fraudes: o do voto impresso, cujos sufrágios são computados à mão, ou o das urnas eletrônicas dotadas de códigos de segurança?
Se porventura em ambos os casos é possível haver fraude, o processo eletrônicos é indiscutivelmente mais seguro.
Agora imaginem: qual a intenção dos adeptos do bolsonarismo de fazer voltar o voto impresso? Com base em que? Que argumentos têm para comprovar que a urna eletrônica torna a votação mais vulnerável à fraude?
Se a eleição com urna eletrônica simboliza fraude, quer dizer então que a vitória de Bolsonaro nas eleições de 2018 é fruto de fraude?
É no muito estranho…
A Romaria da Penha confirmou, mais uma vez, uma tradição que atravessa gerações, reunindo milhares…
Vítima de tentativa de feminicídio, a conselheira tutelar conhecida como Professora Rejane segue internada no…
Na última sexta-feira (22), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou a lista de confrontos…
Para o senador, decisão do STF sobre orçamento só prejudica. "Água é vida! É inadmissível…
O deputado estadual (licenciado) Sargento Neto (PL) deixou o cargo de secretário de Serviços Urbanos…
O Delegado de Polícia Federal (PF) Derly Pereira Brasileiro, em conjunto com demais membros, tomará…