A Secretaria de Estado da Saúde (SES) confirmou, nesta quinta-feira (12), três casos positivos para sarampo na Paraíba. Os pacientes são residentes do município de João Pessoa, com idade entre 24 e 41 anos e com histórico de viagens para os estados de São Paulo e Pernambuco.
Até a 36ª Semana Epidemiológica, terminada em 7 de setembro, foram notificados 108 casos suspeitos de sarampo em 28 dos 223 municípios. Além dos três já confirmados, 51 casos foram descartados, 26 tiveram resultado de sorologia (S1) reagente e/ou indeterminada para sarampo pelo Lacen-PB e foram enviados ao Laboratório Fiocruz para retestagem e exames complementares e 28 casos seguem em investigação.
O sarampo é uma doença infecciosa, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbitos. De acordo com a gerente executiva de Vigilância em Saúde, Talita Tavares, uma das estratégias adotadas pelo Ministério de Saúde (MS) é a intensificação das vacinas de rotina, conforme Calendário Nacional de Vacinação, sendo duas doses a partir de 12 meses a 29 anos de idade e uma dose para a população de 30 a 49 anos.
Até o momento, a Paraíba encontra-se com 86,91% de cobertura vacinal. Quanto à homegeneidade de cobertura, dos 223 municípios paraibanos, 123 (55,17%) apresentam coberturas vacinais adequadas, conforme recomendação do Programa Nacional de Imunização (PNI).
“Dessa forma, é necessário alertar os gestores municipais para intensificarem a busca ativa na população e imunizar o maior número de pessoas, atingindo a meta de 95% estabelecida pelo Ministério. Com os três casos confirmados, aumenta nossa responsabilidade em evitar que a doença se espalhe”, pontua.
Considerando que a vacinação é a única forma de prevenir a doença, a SES reforça que o esquema vacinal vigente é de duas doses de vacina com componente sarampo para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade. Uma dose da vacina também está indicada para pessoas de 30 a 49 anos. É importante lembrar que a dose zero também está disponível para crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias.
“Essa dose não será considerada válida para fins do Calendário Nacional de Vacinação, devendo ser agendada a partir dos 12 meses com a vacina tríplice viral e aos 15 meses com a vacina tetraviral ou tríplice viral mais varicela, respeitando-se o intervalo de 30 dias entre as doses. É importante lembrar que quem já tomou duas doses durante a vida não precisa mais receber a vacina. Se não há comprovação de vacinação nas faixas indicadas, há necessidade de adultos receberem a vacina. A caderneta de vacinação é um documento pessoal muito importante e deve ser guardada por toda a vida”, explica Talita.
No dia 9 de setembro, a SES aprovou em Resolução CIB incentivo financeiro para que municípios com população abaixo de 100 mil habitantes possam implementar, durante o período de campanha contra o sarampo, ações que gerem melhor resultados de cobertura vacinal. Para tanto, os gestores deverão aderir (através de um termo) ao repasse financeiro que será transferido do Fundo de Saúde Estadual para o Fundo de Saúde Municipal daqueles que realizarem adesão.
A Secretaria recomenda que todo paciente que apresentar febre e manchas vermelhas no corpo, acompanhadas de tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite, independente da idade e da situação vacinal, procure uma unidade de saúde para a notificação e tratamento imediato.
“Todos os casos suspeitos de sarampo devem ser notificados e comunicados à SES. Para facilitar, disponibilizamos um canal gratuito para ligações por meio do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs). De segunda a sexta-feira, das 8h às 16h30, o contato pode ser feito gratuitamente pelo 0800 281 0023”, reforça a gerente executiva.
Redação