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Paraíba já registra mais de 14 mil casos de arboviroses em 2024, com 15 óbitos confirmados; maioria é dengue

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) divulgou, nesta terça-feira (3), o Boletim Epidemiológico de nº 09/2024 com o cenário epidemiológico dos casos prováveis de arboviroses na Paraíba. De acordo com os dados registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e consolidados pela SES, no período de janeiro a 31 de agosto de 2024, foram contabilizados 14.306 casos, sendo 12.699 de dengue (88,77%), 1.523 de chikungunya (10,65%) e 84 de zika (0,59%).

Ao todo, foram confirmados 10 óbitos decorrentes de dengue, com residentes nos municípios de Cabedelo (1), Camalaú (1), Campina Grande (2), Catolé do Rocha (1), Conde (1), João Pessoa (1), Lucena (1), Massaranduba (1) e São João do Rio do Peixe (1). Outros três seguem em investigação nos municípios de Bayeux, Pilar e São Vicente do Seridó. Também foram registrados cinco óbitos por chikungunya, sendo um óbito em cada um dos seguintes municípios: Sapé, João Pessoa, Campina Grande, Pirpirituba e Monteiro.

De acordo com a chefe do Núcleo de Doenças e Agravos Transmissíveis, Fernanda Vieira, a Paraíba enfrenta um cenário desafiador em 2024, com um expressivo aumento nos casos de dengue, chikungunya e zika em comparação ao ano anterior. A técnica destaca que o estado vem intensificando as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão dessas doenças, com o objetivo de reduzir a incidência dos casos e proteger a saúde da população.

“Infelizmente, também observamos um aumento no número de óbitos relacionados às arboviroses neste ano, superando os registros de 2023. Isso reforça a necessidade de intensificar as medidas preventivas e a conscientização da população sobre a importância de não deixar água parada e manter os terrenos limpos”, frisou. Ela também ressaltou a vigilância constante em relação à febre Oropouche, uma nova arbovirose que, apesar de ainda não ter casos autóctones (oriundos do mesmo local onde ocorreram) na Paraíba, já demanda atenção especial devido à sua forma de transmissão pelo mosquito maruim.

Além disso, foi feito um alerta especial para as gestantes, enfatizando a importância da sinalização imediata em caso de suspeita de arbovirose, com coleta oportuna do exame, idealmente entre o primeiro e o quinto dia, e envio ao Lacen. Ela também destacou que o mosquito maruim, responsável pela transmissão da febre Oropouche, é diferente do Aedes aegypti, que transmite dengue, chikungunya e zika, reforçando a necessidade de adotar medidas preventivas, como evitar água parada para combater o Aedes aegypti, e eliminar matéria orgânica em decomposição para prevenir a proliferação do maruim. A limpeza de terrenos e o cuidado com o ambiente são fundamentais para impedir que esses mosquitos causem adoecimento na população. A SES continua a monitorar de perto a situação e a apoiar as ações de controle nos municípios.

Febre Oropouche – O Boletim divulgado da SES também traz um balanço das ações realizadas para vigilância da Febre Oropouche – uma arbovirose com sintomatologia semelhante à da dengue, chikungunya e zika, transmitida pelo mosquito conhecido como “maruim”. Entre as atividades, destacam-se as testagens, realizadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB), notas técnicas e reuniões internas de integração com equipes da assistência em saúde. Até o momento, não há caso autóctone no estado, apenas um caso importado de um paciente que foi contaminado durante viagem ao estado de Pernambuco.

 

Redação

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