A diabete Mellitus é uma doença crônica e não transmissível provocada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que regula a glicemia (açúcar) na corrente sanguínea e garante energia para o organismo. Em níveis altos, pode causar complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos dos pacientes. Há ao menos quatro casos clínicos envolvendo formas diferentes de diabete. Em quadros mais graves, a enfermidade pode levar à morte. Sobre esse tema, o último levantamento da Secretária Estadual de Saúde, aponta que na Paraíba, a estimativa é de que 5,3% da população acima de 18 anos seja diabética. São 182.831 paraibanos que convivem com a doença, que tem tratamento ou pode ser evitada por meio de hábitos saudáveis.
De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF, sigla em inglês), estimativas relacionadas ao número de casos existentes de diabete tipo 1 em crianças e adolescentes com menos de 20 anos mostram que o Brasil ocupa o terceiro lugar no panorama mundial, com 92,3 mil casos, atrás da Índia (229,4 mil) e dos Estados Unidos ( 157,9 mil). Segundo o IDF, a diabete tipo 1 causa complicações como doenças renais, cardíacas e oculares em 31% dos brasileiros entre 13 e 19 anos diagnosticados com a doença. Desta forma, programas educacionais devem ser colocados em prática para evitar o agravamento do quadro de pacientes jovens.
Segundo a endocrinologista Marcia Brandeburski o diabetes ocorre quando o metabolismo tem dificuldade de queimar o açúcar, chamado de glicose, que é essencial para gerar energia para o corpo. “Determinadas células precisam de insulina para captar essa glicose como os músculos, o tecido gorduroso, o tecido do fígado e algumas pessoas apresentam dificuldade nessa insulina, ou uma insulina que não funciona adequadamente e isso acarreta numa elevação dos níveis da glicose na corrente sanguínea e isso trará consequências para a pessoa portadora de diabetes”, disse.
Pacientes diabéticos podem ter complicações severas no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em casos mais graves, o diabetes pode causar cegueira e até levar à morte. O tratamento consiste principalmente no uso diário de insulina, muitas vezes com outros medicamentos, para controlar a glicose no sangue e de uma dieta específica, aliada a exercícios físicos. Existem 3 tipos de diabetes: o tipo 1, que acomete na maioria das vezes as crianças e os jovens, o tipo 2, mais frequente em adultos e obesos e o diabetes gestacional, uma alteração que se manifesta na gravidez.
O Diabetes tipo 1 é um quadro autoimune e os sintomas são agudos levando o jovem ou a criança a tomar muita água, urina bastante, pode apresentar alterações de humor e perda excessiva de peso. Já o tipo 2 é o diabetes de maior prevalência entre os quadros do agravo. “90% da população diabética apresenta o tipo 2, que tem um componente familiar, genético, com um início mais lento que pode surgir com uma infecção, uma candidíase, ou uma infecção urinária, por exemplo, porém tem possibilidade de prevenção”, esclarece a endocrinologista.
Ainda de acordo com a médica, o diabetes é associado a alta ingestão do açúcar, porém pode ser evitado principalmente com o controle de peso e que existe o fator genético, familiares de pessoas portadoras da doença têm um risco maior de desenvolvê-la. Para evitar é preciso manter hábitos saudáveis como manter um controle adequado na alimentação, evitar o ganho de peso e fazer exercícios regularmente.
Da Redação