Os números são assustadores. Em menos de quatro meses, os casos prováveis de dengue registrados na Paraíba ultrapassam o número total de todo o ano de 2023. Dados do Painel de Monitoramento da Secretaria de Saúde apontam 7.315 casos prováveis registrados até o momento. A doença é transmitida pelo Aedes aegypti, que também é responsável pelos casos de zika e Chikungunya.
Em 2023, foram 7.222 casos de dengue, sendo 6 óbitos confirmados. De janeiro até agora, o estado já tem três mortes pela doença confirmadas e outras cinco estão em investigação.
A Secretaria de Saúde também afirma que foram apontados 787 casos prováveis Chikungunya, sendo dois óbitos em 2024. Em todo o ano passado foram registrados 1.451 casos prováveis, com quatro óbitos.
Em relação a Zika, o número também já supera o registrado em todo o ano anterior. Até o momento a Secretaria de Saúde registra 125 casos prováveis em 2024. Já em 2023, foram 117 casos.
A capital, João Pessoa lidera a lista de casos confirmados mas outras regiões do estado também foram afetadas, a exemplo das cidades de Aguiar, Alhandra, Araçagi, Bayeux, Boa Ventura, Cabaceiras, Camalaú, Pombal e Santa Rita e Conde Guarabira, Campina Grande e Sousa.
O impacto dessas doenças vai além dos casos confirmados, com cinco óbitos já registrados em 2024. Três mortes foram atribuídas à dengue, enquanto duas foram causadas pela chikungunya.
As vítimas da dengue foram identificadas em Camalaú, Conde e Campina Grande
Desde fevereiro, algumas cidades da Paraíba vacinam contra a dengue em postos de saúde. O público-alvo da primeira fase de vacinação foi estabelecido entre 10 e 14 anos. Inicialmente, essa imunização foi estabelecida em 14 cidades, mas depois outras 10 acabaram recebendo vacinas que foram remanejadas.
Diante desse cenário alarmante, as autoridades de saúde estão intensificando as medidas de prevenção e controle, incluindo campanhas de conscientização, eliminação de focos de proliferação do mosquito vetor e garantia de acesso a tratamento adequado para os pacientes afetados.
É fundamental que a população esteja alerta e adote medidas preventivas, como o uso de repelentes, eliminação de recipientes que possam acumular água parada e busca por assistência médica ao apresentar sintomas suspeitos.
PB Agora