A variante Delta se espalha numa velocidade assustadora pela Paraíba, o que aumenta a preocupação dos infectologistas e das autoridades sanitárias. O Estado já registrou mais 100 novos casos da variante do novo coronavírus, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Segundo o secretário de estado da saúde, Geraldo Medeiros, a Fiocruz enviou 131 casos analisados, confirmando 100 para a variante Delta e 31 para a variante Gama.
Geraldo Medeiros, observou que os casos que evoluem para casos mais graves, ocorrem, normalmente, em pessoas que se recusaram a se vacinar, ou em idosos. Por isso, a partir da próxima semana, os idosos acima de 70 anos e as pessoas imunossuprimidas serão contempladas com a dose de reforço da vacina contra a Covid-19.
A data de sintomas do primeiro caso confirmado de infecção pela variante Delta é do dia 15 de julho, de um homem com 23 anos, morador de Campina Grande, sem histórico de viagem ou contato de caso confirmado para a Delta.
Segundo o secretário, também foi registrada a morte de homem de 42 anos, sem comorbidades e sem histórico vacinal, que havia viajado para o Rio de Janeiro e morava em João Pessoa. Os familiares dele não apresentaram sintomas e o caso deve seguir ainda em investigação, pelo município, para rastreio dos contatos.
Na semana passada, a Paraíba confirmou 25 casos de infecção pela variante Delta do novo coronavírus. Dos 25 casos confirmados, 22 são da variante Delta e mais 3 com mutações dela, sendo a AY.1 e a AY.22.
No boletim, o estado apresentava também um cenário de circulação comunitária da variante, que está presente em 12 cidades. Só que a variante se espalhou rapidamente para outros municípios, e infectou mais paraibanos.
Esta semana, em entrevista ao PB Agora, o médico infectologista Fernando Chagas, diretor-geral do Complexo Clementino Fraga, alertou para elevada carga viral, o que exige da população cuidados redobrados.
O infectologista enfatizou que a variante Delta chega a ter mais de mil vezes mais vírus na mucosa nasal do que as já identificadas, o que faz com ela seja mais transmissível. Para ele, o realmente preocupa, é a velocidade que o vírus consegue avançar. Ele reforçou para a importância da vacina, e da necessidade do uso de máscara como forma de conter o vírus.
SL
PB Agora