Um novo esforço de pesquisa está em andamento em cinco cidades da Paraíba, incluindo João Pessoa, Campina Grande, Patos, Sousa e Cajazeiras. Essas localidades foram selecionadas para participar da segunda fase de coleta de dados do ‘Epicovid 2.0: Inquérito nacional para avaliação da real dimensão da pandemia de COVID-19 no Brasil’. Durante todo o mês de março, equipes realizarão visitas domiciliares e entrevistas com 250 participantes em cada cidade, totalizando mil entrevistas em todo o estado. A nível nacional, 33.250 pessoas que tiveram COVID-19 serão entrevistadas em 133 municípios.
O principal objetivo dessa iniciativa é reunir dados para informar a criação de políticas públicas voltadas para o tratamento das chamadas condições pós-COVID (ou COVID longa), que se referem às sequelas da doença. O epidemiologista Pedro Hallal, responsável pela coordenação do estudo, estima que o período de coleta de dados dure entre 15 e 20 dias.
A metodologia da pesquisa envolverá a seleção aleatória de participantes, com uma pessoa por residência respondendo ao questionário. As perguntas abordarão temas como vacinação, histórico de infecção pelo coronavírus, sintomas persistentes e os impactos da doença na vida cotidiana. Diferentemente das fases anteriores, esta etapa não incluirá coleta de sangue ou outros testes para COVID-19.
As primeiras fases do estudo, conduzidas entre 2020 e 2021, contribuíram significativamente para a compreensão da disseminação e dos efeitos do coronavírus no Brasil. Entre as conclusões importantes, destacou-se que o número de pessoas infectadas na época era três vezes maior do que os dados oficiais, e que os 20% mais pobres da população tinham o dobro do risco de infecção em comparação com os 20% mais ricos.
Redação
