A pesquisadora Palloma Andrade, do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), está desenvolvendo um estudo que visa a utilização de Luzes Emitidas por Diodo (LEDs) na reepitelização de queimaduras. O objetivo é buscar um novo tratamento não invasivo e de baixo custo que possa acelerar o processo de reparo tecidual.
O projeto foi idealizado pelo grupo de pesquisa do Laboratório de Estudos em Fisioterapia Dermatofuncional (LEFIDEF), com docentes do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFIS) da UFPB. No estudo, será comparada a taxa de reepitelização de queimaduras de segundo grau entre indivíduos submetidos a tratamento com fototerapia por LED vermelho, LED infravermelho e terapia simulada da fototerapia em seres humanos.
A Profa. Palloma explicou que a realização da pesquisa é relevante para diminuir os custos governamentais com internação hospitalar e possíveis complicações pós alta hospitalar, além de possibilitar um rápido retorno dessas pessoas às suas atividades laborais e reduzir o risco de sequelas.
“Resolvemos voltar nosso olhar para o público de pacientes queimados, tendo em vista que as queimaduras possuem um elevado índice de ocorrência e, quando mal manejadas, geram muitos problemas de socialização e funcionalidade para as pessoas que sofrem com essas condições”, explicou a coordenadora do projeto.
O estudo, atualmente, encontra-se em fase de publicação do protocolo, dando mais transparência ao processo da pesquisa, que já foi aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa do CCS e no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (REBEC). O próximo passo é, por meio do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), recrutar e captar pacientes queimados que concordem em participar da pesquisa como voluntários a fim de iniciar a aplicação dos protocolos de tratamento.
Segundo a Profª Palloma, para os fisioterapeutas, o estudo representa um novo conhecimento e uma nova técnica de tratamento de fácil acesso que poderá ser utilizada em seus pacientes. Uma vez comprovada a eficácia da LED na reepitelização de queimaduras, a discente ressaltou que a proposta de pesquisa trará inovação de produto e inovação de serviço e processo produtivo.
“Com relação ao impacto da pesquisa no âmbito da difusão de conhecimento, a proposta tem o intuito da ampla veiculação dos seus produtos científicos (artigos), técnicos (palestras, workshops, infográficos) e sociais (ações no Junho Laranja e confecção de cartilhas para o cuidado em saúde da pessoa queimada) para o meio acadêmico e sociedade”, detalhou a professora.
A proposta de pesquisa foi selecionada para financiamento no edital de Demanda Universal, promovido pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (Fapesq), em parceria com a Secretaria de Estado da Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (Seect). Sobre apoio científico, a pesquisadora apontou que a UFPB tem uma função fundamental no suporte e desenvolvimento de projetos como este, já que tem trabalhado junto aos programas de pós-graduação para equipar e aprimorar os laboratórios de pesquisa.
“Sem os laboratórios existentes, não seria possível propor pesquisas como esta. Além disso, temos uma série de editais que fomentam a publicação em revistas de elevado impacto, bem como bolsas para estudantes de iniciação científica, que nos auxilia a ter uma equipe para a coleta de dados”, afirmou.
Com a pesquisa, a Profª Palloma prevê o trabalho em conjunto com outras universidades e participação em eventos científicos. Ainda segundo ela, o estudo divulgará os trabalhos realizados na UFPB e ampliará as possibilidades de colaborações com outros grupos de pesquisa.
Da Redação com UFPB
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