A vacina que salva, também virou a vacina da discórdia. Desde o inicio da distribuição dos imunizantes contra a Covid-19, por parte da Secretaria de Saúde do Estado, que os prefeitos de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (PSD), e o de João Pessoa Cícero Lucena (PP), tem divergido da no que diz respeito a quantidade de imunizantes destinado para os seus respectivos municípios.
Inicialmente, o prefeito Bruno Cunha Lima afirmou em suas redes sociais que vai procurar o Ministério Público e cobrar explicações sobre as quantidades de vacinas destinadas à cidade.
Ele afirma que a capital paraibana, João Pessoa, tem sido beneficiada recebendo mais vacinas que outros municípios.
Em entrevista, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas), rebateu as declarações, e apontou a fala de Bruno como conotação política, mas explicou o processo de vacinação na cidade.
Segundo Cícero, “em vez de se preocupar em vacinar, eles estão discutindo distribuição”.
– Eu não quero entrar nessa discussão, pois me parece algo com conotação política. Quando fala isso aponta desconhecer o processo de vacinação, o critério é faixa de idade. Se João Pessoa tem mais idosos que Campina Grande, recebe mais doses. Qualquer criança entende essa lógica. Não gostaria de entrar nessa discussão, meu papel é cuidar dos pessoenses – frisou.
Após as declarações de Cícero, Bruno procurou minimizar as declarações do colega , em relação à polêmica sobre o correto envio de vacinas, pelo Governo do Estado aos municípios.
– Tenho grande respeito ao prefeito Cícero e um respeito ainda maior ao povo de João Pessoa. E lamento que, a depender da forma como se construa a narrativa, passa-se a impressão de que estaria havendo uma surreal disputa entre as cidades – destacou Bruno, em entrevista à imprensa.
Bruno Cunha Lima disse não ter dúvidas de que, tanto o prefeito como o povo de João Pessoa, neste momento delicado de recrudescimento da crise sanitária e de esperança trazida pela vacina, têm a plena noção do mais importante, que as autoridades de Saúde ajam com equilíbrio, sensatez, responsabilidade e aplicação precisa e justa das doses imunizantes que podem salvar as vidas de todos os irmãos paraibanos.
O gestor reafirmou que a sua defesa, desde que a Secretaria Estadual de Saúde iniciou o processo de distribuição de vacinas, foi da aplicação da “justiça matemática”: o uso da proporcionalidade na gestão da logística, sem desequilíbrios desnecessários para todos os 223 municípios, com base em dados objetivos.
SL
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