O Procon Municipal vai fiscalizar os estabelecimentos comerciais e poderá multar aqueles que descumprirem as determinações estabelecidas no Decreto nº 4.463/2020, assinado na manhã desta segunda-feira, pelo prefeito Romero Rodrigues e apresentado, durante coletiva de imprensa, no auditório do Ipsem. O Decreto contém uma série de medidas que visam a prevenir a contaminação pelo Coronavírus em Campina Grande.
O coordenador do Procon Municipal, Rivaldo Rodrigues, que estava presente na coletiva de imprensa, já reuniu a equipe de fiscalização do órgão para que comecem as diligências, já a partir desta terça-feira, 17.
“Em princípio, será um trabalho educativo e de conscientização. Vamos aos estabelecimentos apresentar o Decreto e suas normativas. Daremos um prazo para os serviços se adequarem e só então partiremos para autuações e até multas, caso não cumpram o que determina o documento. Lembrando que cumprir o que está no Decreto é uma forma de conter o avanço da doença e de não termos tantos danos como temos observador em outras cidades”, esclarece Rivaldo.
Além desse trabalho de conscientização, a fiscalização do Procon estará, durante esta semana, visitando farmácias e drogarias para averiguar preços de álcool (líquido e em gel), luvas e máscaras descartáveis. E até a quarta-feira, 18, deverá ser publicada uma pesquisa de preços desses materiais. “Estamos recebendo muitas denúncias de consumidores que estão buscando esses materiais e que estão pagando preços exorbitantes. O Procon não regula preços, mas numa situação dessas de emergência mundial em saúde, esse tipo de comportamento por estabelecimentos é inaceitável e cabível de multa e de ter o Alvará de Funcionamento cassado”, disse Rivaldo.
O consumidor que passar por uma situação destas pode denunciar ao Procon por meio dos telefones 151 e 98185-8168, ou ainda pelo aplicativo de celular PROCONCG MÓVEL.
Decreto 4.463/2020
Segundo o Decreto, os serviços de alimentação, tais como restaurantes, lanchonetes e bares devem adotar as seguintes medidas: disponibilizar álcool em gel (70%) na entrada do estabelecimento para uso dos clientes, dispor de anteparo salivar (o vidro que separa quem está se servindo dos alimentos), organizar as mesas de forma que fiquem com distância mínima de um metro e meio entre elas, aumentar a frequência de higienização de superfícies em cadeiras e mesas e se possível manter ventilados os ambientes de uso dos clientes.
Os estabelecimentos de ensino também deverão manter rotinas de prevenção como disponibilizar álcool gel 70% na entrada das salas de aula, evitar o compartilhamento de utensílios e materiais, aumentar a distância entre as carteiras e as mesas dos alunos, aumentar a frequência de higienização de superfícies e manter ventilados ambientes de uso coletivo.
O estabelecimento escolar que faz uso de bebedouros de pressão devem observar os seguintes critérios: lacrar as torneiras a jato que permitem a ingestão de água diretamente dos bebedouros, de forma a garantir que o usuário não beba água diretamente do bebedouro, para evitar contato da boca com a haste (torneira) do bebedouro e se possível substituir por equipamento que possibilite retirada de água apenas em copos descartáveis ou recipientes de uso individual, caso o estabelecimento possua implantado em sua rotina a utilização de utensílios permanentes (canecas, copos, etc.), estes deverão ser de uso exclusivo de cada usuário, devendo ser higienizados rigorosamente.
Redação com assessoria
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