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Projeto do Departamento de Farmácia da UEPB orienta sobre descarte correto de EPIs em tempos de pandemia

Em tempos de prevenção ao contágio do novo coronavírus, muitas pessoas têm feito uso de diversos tipos de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras e luvas. Porém, as medidas de proteção têm causado outro tipo de problema, relacionado a forma como as pessoas estão descartando esses tipos de materiais após seu uso. Para tentar amenizar os danos à saúde e ao meio ambiente, um projeto de extensão desenvolvido por professores e alunos do Departamento de Farmácia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) vem alertando para os riscos do descarte inadequado desses materiais.

Intitulado “Descarte consciente de medicamentos vencidos ou impróprios para o consumo no CCBS”, o projeto nasceu com o intuito inicial de criar pontos de coleta de medicamentos não utilizados ou vencidos, no âmbito do Centro de Ciência Biológicas e da Saúde (CCBS) da Instituição para, assim, promover um adequado fim para esses insumos. Porém, com o cenário vivenciado nos dias atuais, em decorrência da Covid-19, os idealizadores do projeto, professora Vanda Lúcia dos Santos e os professores João Augusto Oshiro Júnior e Ricardo Olímpio de Moura, decidiram mudar o enfoque da iniciativa e estão utilizando o projeto para mostrar o risco das pessoas serem infectadas pela presença do vírus nos EPIs, quando esses materiais não são descartados adequadamente.

Por meio de vídeos educativos semanais, que serão postados no perfil @coordenacao.farmacia.uepb no Instagram, a equipe extensionista repassará informações inerentes ao descarte e uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual, além de produtos descartáveis em geral, como copos, talheres e pratos, bem como darão dicas para a higienização correta desses utensílios. Os vídeos começarão a ser postados na próxima semana. O intuito primordial é disseminar informações corretas para a população nesse momento de pandemia, onde tantas notícias falsas vêm sendo disseminadas, e chamar a atenção para o alto índice de contaminação cruzada por meio desses materiais se não utilizados de forma adequada, o que pode causar contaminação tanto dos usuários dos EPIs como nos profissionais que coletam materiais recicláveis.

Em linhas gerais, as recomendações para o descarte de máscaras e luvas são de, após o uso, colocar esses materiais em um saco resistente, bem fechado, separado do lixo comum. A sugestão da equipe do projeto também é no sentido de escrever no saco onde as máscaras e luvas usadas foram descartadas do que se trata aquele material, indicando “Luvas e máscaras usadas”. Nunca se deve descartar esses EPIs junto com itens recicláveis.

Além dos professores, integram a equipe do projeto os estudantes Allan Silvestre Silva, Janiely Brenda de Souza Almeida, Diego Paulo da Silva Lima, Fábio Emanuel Pachú Cavalcante, Karen Stephane P. Farias, Rayane Cibele da Silva Nascimento, Thássia Borges Costa, Vanessa Fernandes Balbino e Yasmim Vilarim Barbosa, todos da graduação em Farmácia da UEPB.

Um dos coordenadores do projeto, professor Ricardo Moura, relata que as perspectivas são de que, com os vídeos, a população possa fazer o uso adequado desses materiais e, após utilizá-los, descartar também de forma correta, promovendo educação em saúde para a população em geral. Ricardo Moura explica que, com o avanço da pandemia e a reabertura gradativa do comércio, devido à flexibilização da quarentena, muitos campinenses têm utilizado com mais frequência os EPIs, sendo que um deles, a máscara, é obrigatória durante o período de combate à Covid-19.

Ele também destaca a importância do projeto na orientação da população em relação aos profissionais responsáveis pela limpeza urbana e coleta de lixo nas áreas de circulação comum. “Ultimamente, temos visto muitas máscaras sendo descartadas na rua e colocadas em lixo comum. Nós temos pessoas em situação de rua e os próprios trabalhadores da coleta de lixo, que acabam, muitas vezes se contaminando em situação como essas, quando esses EPIs não são descartados como se deve”, alerta o docente.

Diagnóstico do descarte de medicamentos

Um outro projeto desenvolvido pelo Centro de Ciências e Tecnologia (CCT) da UEPB também visa orientar a população em relação ao destino final dado aos medicamentos vencidos ou aos que sobram de alguma cartela, uma vez que foi constatado que quase não existem pontos de descarte de medicamentos nas farmácias da cidade. Com o título “Diagnóstico do descarte de medicamentos: um panorama dos resíduos farmacêuticos de uso doméstico e seu destino final”, a iniciativa visa orientar a população em relação ao destino a ser dado aos medicamentos vencidos ou sobras de remédios.

O projeto é coordenado pela professora do Departamento de Química, Vera Lúcia Meira de Morais Silva e conta com a participação de cinco estudantes dos cursos de Química e Farmácia. A professora enfatiza que medicamentos descartados de forma irregular podem trazer sérias consequências ao meio ambiente e à saúde pública e, por isso, é importante que haja uma mobilização no sentido de pontos de coleta desses resíduos sejam instalados em vários pontos da cidade.

A pretensão dos coordenadores do projeto era realizar atividades educativas em associações de moradores e clubes de mães da cidade. Porém, devido à pandemia, o projeto mudou o foco e vai entrar em uma nova fase a partir desse mês de julho, com os estudantes envolvidos na ação extensionista realizando atividades educativas por meio de plataformas digitais como o Google Meet para esclarecer a população sobre como descartar corretamente os medicamentos vencidos ou sem uso.

Assessoria

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