O mundo está cada vez mais conectado, tudo acontece no virtual, sobretudo nestes tempos de pandemia. O celular passou a ser um elemento ainda mais presente na vida de todos, no entanto, seu uso intenso pode causar danos à saúde é o que apontam os psicólogos Yuri Busin e Mariana Farias, onde apontam os danos à saúde a partir da utilização do celular como a nomofobia. Nomofobia é o nome dado ao medo irracional e/ou exagerado de ficar sem um aparelho móvel, que pode ser tanto o celular, quanto um tablet ou o próprio computador/notebook.
Segundo Yuri Busin, as pessoas estão cada vez mais dependentes emocionalmente dos aplicativos e celulares para viver. “O problema para a saúde mental está principalmente nas redes sociais e na conexão que temos com o mundo externo a partir do aparelho. O uso excessivo pode acarretar diversos distúrbios. Pode gerar até mesmo FoMO, que é um transtorno ansioso no qual a pessoa não consegue se desaproximar de seu telefone com medo de perder algum tipo de informação, não conseguir responder e ficar extremamente angustiada com isso”, afirma o psicólogo.
Nomofobia – de acordo com Mariana Farias, essa fobia pode ser considerada uma forma mais agravada da dependência do celular porque o uso contínuo do celular ativa o Sistema de Recompensa Cerebral (SRC). “A partir da ativação do SRC, há a liberação da dopamina, proporcionando sensações imediatas de prazer e satisfação. Esse estímulo constante é o que gera a dependência, um processo similar à dependência química”, comentou Mariana, destacando também que, o uso descomedido do telefone móvel pode prejudicar a concentração e a atenção em atividades, pode diminuir o rendimento no trabalho e nos estudos, está associado a formas de isolamento social, interfere na qualidade do sono e também “há uma maior chance de desenvolver transtornos psiquiátricos como ansiedade e depressão”, alertou a psicóloga.
Da Redação