O diretor geral do Hospital Regional de Emergência e Trauma de Campina Grande, Geraldo Antônio Medeiros, afirmou na manhã desta quinta-feira (10) que abriu uma sindicância administrativa para apurar denúncias de que um médico e uma enfermeira que prestam serviço na unidade de saúde estariam recebendo dinheiro para agilizar a realização de cirurgias ortopédicas.
Geraldo Medeiros informou que ao tomar conhecimento da denúncia, determinou o afastamento imediato do médico Godofredo Borborema e da técnica em enfermagem Maria José Jordão. Ele afirmou que se a sindicância comprovar que eles estavam recebendo dinheiro para facilitar a realização das cirurgias esses profissionais serão demitidos. “Não se pode aceitar que esse tipo de procedimento aconteça dentro do hospital”, enfatizou o diretor.
O diretor explicou que o médico e a enfermeira são prestadores de serviço e, no caso de Godofredo Borborema, este foi selecionado para trabalhar no Regional pela Cooperativa dos Ortopedistas de Campina Grande, que tem contrato firmado com o hospital. “Só temos a lamentar que fatos dessa natureza aconteçam aqui no Hospital, mas tranqüilizamos a população de que todas as providências já estão sendo tomadas”, disse Geraldo Medeiros.
Sobre a denúncia – A denúncia sobre um esquema envolvendo médicos e enfermeiras do sistema de saúde de Campina Grande, que permitia que pacientes furassem a fila para fazer cirurgias ortopédicas, foi veiculada por uma emissora de TV da Capital.
De acordo com a denúncia, para ter os procedimentos cirúrgicos agilizados, os pacientes tinham que pagar valores que chegavam a cerca de R$ 1.500,00. Os médicos recebiam o dinheiro repassado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e também acabavam embolsando o dinheiro dos pacientes.
Secom PB