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Revista nacional revela que população da PB considera insatisfatório o abastecimento de água

 Principal responsável pelo abastecimento de água de Campina Grande e mais 19 municípios do Compartimento da Borborema, o açude Epitácio Pessoa em Boqueirão, está com menos de 28% de sua capacidade, e o risco de um colapso não está descartado. Boa parte dos mananciais monitorados pela Agência Executiva de Gestão das Águas (AESA), está com menos de 25% d e sua capacidade.

Além de escassa a água armazenada nos reservatórios não é de boa qualidade segundo reportagem da Revista Época

Quem vê uma foto do planeta feita do espaço pode pensar que água é algo que nunca vai faltar. Afinal, esse líquido incolor, insípido e inodoro, vital para a vida, ocupa mais de dois terços da superfície da Terra. Nada mais enganoso. A quantidade de água no planeta, de fato, não se altera. Desde que o globo se esfriou, há muitos milênios, são os mesmos 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos. Mas só podemos usar uma gota desse manancial. Primeiro porque precisamos de água doce. E só 2,5% da água do mundo é doce. Dessa pequena parte, tire dois terços, confinados nas calotas polares e no gelo eterno das montanhas. Do que sobrou, desconsidere a maior parte, escondida no subsolo. Resultado: a água pronta para beber e fácil de captar está nos rios e lagos, num total de 90 mil quilômetros cúbicos, ou 0,26% do estoque mundial. Mas nem essa porção está inteiramente disponível. Para não esgotar o precioso líquido, só podemos utilizar a água renovável pelas chuvas.

E aí chegamos a um limite de consumo de 34 mil quilômetros cúbicos anuais, ou 0,002% das águas do planeta. Nem uma gota a mais. Como diz em seu livro Água o jornalista canadense Marq de Villiers: “A água pode ser poluída, maltratada e mal utilizada, mas não é criada nem destruída”. Na edição deste mês da revista Super Interessante de número 337, se traz uma longa matéria no qual aborda o por que está faltando água no mundo. Dentre os diversos aspectos da reportagem que mostra que 7% da água do planeta está poluída, que o Brasil está na 86ª entre os países que melhor aproveitam seus recursos hídrico, que 50% da água que vai para o consumo humano é desperdiçada na distribuição vem um dado alarmante no tocante a qualidade do abastecimentos entre os Estados brasileiros.

A Paraíba está numa das piores do ranking nacional na sua qualidade de abastecimento, com uma projeção para 2015 onde apenas 1.235 consideram os serviços satisfatórios para 1.777 habitantes que querem mais investimentos no setor. O Estado ocupa a 16ª entre os estados que melhor oferecem uma qualidade de abastecimento de água para suas populações.

A água não serve apenas para beber. Ela é necessária também como destino final de bilhões de litros de resíduos que a humanidade produz todo dia. Para essa finalidade, a escassez é ainda pior. Há hoje 2,4 bilhões de pessoas, ou 40% da população, sem condições adequadas de saneamento básico. “De todas as crises sociais e naturais que nós humanos enfrentamos, a da água é a que mais afeta a nossa sobrevivência”, diz Koïchiro Matsuura, diretor-geral da Unesco, braço da ONU para Ciência e Educação.

Mas, afinal, a escassez de água pode pôr em cheque nossa sobrevivência? Há várias respostas, dependendo de quem responde. Para os ambientalistas mais radicais, a água está com os dias contados, a não ser que haja um freio no consumo.

Faz pouco tempo que o mundo acordou para a importância econômica e estratégica da água. Mas, em meio a divergências sobre a posse e o destino da água, já aflorou um consenso mínimo. Especialistas, empresários e ecologistas concordam que a ameaça de escassez é real, mas que há tempo para evitá-la. Para isso, é preciso estancar o desperdício, recuperar as reservas poluídas, garantir o direito à água para os mais pobres e criar projetos de educação ambiental. A educação, dizem os especialistas, é importante porque a ação de cada um é maior do que qualquer intervenção que governos ou empresas podem fazer.

 

Redação com revista Super Intereressante

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