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SAMU de CG implanta sistema de diagnóstico digital

SAMU de CG implanta sistema de diagnóstico digital para reduzir mortes por doenças do coração

Ao completar sete anos de funcionamento e ganhar a renovação total de toda a frota de ambulâncias, o SAMU/192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) da Prefeitura de Campina Grande também passa a oferecer para a população, a partir desta quinta-feira, 1º de setembro, o diagnóstico obtido através do Sistema Tele-Eletrocardiografia Digital, que vai diminuir o tempo de atendimento a pacientes cardíacos, reduzindo a incidência de mortes em até 20%.

A implantação da nova tecnologia vai ajudar a salvar vítimas de doenças cardiovasculares graves, como infarto e arritmia e o serviço estará disponível nas ambulâncias do SAMU, explica o coordenador do serviço, o médico Antônio Henriques. O sistema permite ao profissional de saúde obter um diagnóstico mais preciso do paciente ainda em casa, antes mesmo do deslocamento dele para o hospital.

Cada USA (Unidade de Suporte Avançado) do SAMU será equipada com um pequeno aparelho (tele-eletrocardiógrafo digital portátil) capaz de transmitir o eletrocardiograma via telefonia celular ou mesmo por telefone fixo. Desta forma, explica o médico Antônio Henriques, o exame realizado no paciente em sua residência ou na ambulância será transmitido pela internet e analisado na central de Telemedicina do HCor (Hospital do Coração). O laudo retorna para a ambulância de origem e todo esse processo dura, em média, cinco minutos.

A central do HCor dispõe de 16 médicos, 24 horas por dia, para a leitura dos eletrocardiogramas do SAMU. Além disso, o médico que está atendendo o paciente também poderá discutir, em tempo real, o caso com os especialistas de apoio no HCor. “O serviço é de extrema importância para a população campinense atendida pelo SAMU”, acrescentou Antônio Henriques.

O sistema que passa a funcionar no SAMU de Campina Grande alia conhecimento médico com tecnologia de ponta, permitindo agilidade, precisão e redução do tempo de atendimento, diminuindo as sequelas e mortes por doenças cardiovasculares, como informa a secretária da Saúde, Tatiana Medeiros. É como se cada ambulância que dispõe de médico tivesse a orientação de um especialista em cardiologia e caso o resultado do eletrocardiograma recebido confirmar o infarto, toda orientação de medicação e de encaminhar o paciente para o hospital já será feita imediatamente, ganhando tempo no atendimento do paciente.

Os benefícios diretos dessa tecnologia são a redução do tempo de atendimento, a análise mais apurada do quadro do paciente e a realização de uma triagem ainda na casa da pessoa ou na ambulância, para o encaminhamento mais ágil ao chegar a um hospital, prossegue o coordenador do SAMU. Segundo ele, um estudo publicado na revista Circulation estima que metade das mortes por infarto ocorre nas primeiras duas horas e que, a cada 30 minutos perdidos no atendimento, o risco de mortalidade aumenta em 7%.

Para implantar o serviço, a Secretaria Municipal de Saúde adquiriu dois kits com eletrocardiógrafos e aparelhos de telefones celulares para as duas USAs existentes. Os investimentos no projeto do Sistema de Tele-Eletrocardiografia Digital são de R$ 30 mil, aplicados na compra de aparelhos, treinamento de equipes do SAMU e manutenção de equipamentos.

COMO FUNCIONA O SISTEMA DE TELE-ELETROCARDIOGRAMA DIGITAL

1. O médico ou o enfermeiro conecta os eletrodos no peito do paciente;

2. O tele-eletrocardiógrafo (aparelho decodificador digital portátil) capta e grava a frequência cardíaca do paciente em apenas dez segundos;

3. O profissional de saúde entra em contato com a Central do HCor por um telefone 0800 e informa os dados do paciente, como nome completo, RG, data de nascimento, antecedentes e sintomas;

4. Repassadas essas informações, o atendente do HCor dá o OK para a transmissão do eletrocardiograma. O exame gravado no aparelho portátil é decodificado em sinais sonoros e transmitido ao HCor por um celular (smartphone), aparelho que permite a transferência de dados em alta velocidade;

5. A Central recebe os sinais, que são decodificados para o traçado do eletrocardiograma, no computador. O tempo total estimado do trâmite é, em média, de cinco minutos;

6. Os cardiologistas do Hcor analisam o exame, elaboram o diagnóstico e o enviam com sugestões de tratamento adequado;

7. O profissional de saúde, que está na casa do paciente ou na ambulância, recebe a informação em formato de mensagem de e-mail. O laudo também é repassado automaticamente para o médico da central de regulação do SAMU Campina Grande;

8. Pela tela do celular, é possível visualizar o traçado do eletrocardiograma e todas as outras informações sobre o tratamento do paciente. O sistema digital permite o aumento da amplitude do traçado em até 4 vezes

 

PB Agora

com Assessoria

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