Este ano, 7.370 mil paraibanos deverão receber diagnóstico de algum tipo de câncer. Esta é a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), baseado nas informações geradas pelos Registros de Câncer de Base Populacional (RCBP). O número aumentou 12,86%, em relação à última estimativa feita pelo órgão, em 2010, válida por dois anos, quando foram estimados 6.530 casos. Na Paraíba, o número de casos será maior entre as mulheres, com 3.790 novos diagnósticos, contra 3.580 entre os homens. Tirando os tumores de pele, o câncer de próstata continua sendo o mais comum entre os homens, com estimativa de 940 novos casos, e o câncer de mama é o que mais acomete as mulheres, com 640 novos diagnósticos.
A mastologista Joana Barros analisou que a quantidade de mulheres com câncer de mama aumentou nos últimos 10 anos, porém ela disse que este crescimento não é significativo, e o que realmente acresceu foi a conscientização das mulheres e quantidade de diagnósticos. “As mulheres estão se cuidando mais, fazendo os exames de rotina. Por isso que os números cresceram, porque o diagnóstico aumentou”, analisou.
Como em todas as outras neoplasias, a paciente com câncer de mama tem maior chance de vencer a doença se o diagnóstico for feito precocemente. Joana explicou que este tipo de câncer não tem prevenção e que, mesmo a pessoa com hábitos de vida saudáveis, pode apresentá-la. “Ainda não sabemos o que causa o câncer de mama, apenas os seus fatores de risco. Portanto, é uma doença que pode atingir qualquer uma daí a importância dos exames preventivos. No estágio inicial, chamado de carcinoma in situ, as chances de cura chegam a quase 100%”, expôs.
As chances de cura variam de acordo com o tipo de câncer, que são mais ou menos agressivos, neste último as chances são 98%. “A sobrevida da paciente está diretamente interligada à precocidade do diagnóstico. Ter hábitos saudáveis e evitar os fatores de risco também ajuda. O que recomendo é, a partir de 40 anos, as mulheres devem fazer o exame de mamografia anualmente”, recomendou.
Médico aponta importância do rastreamento do câncer de próstata
As estatísticas apontam a necessidade de ações públicas de conscientização em relação à importância do rastreamento e da detecção precoce, de modo a oferecer um melhor prognóstico dos casos identificados. Além disso, o Inca, que há pouco tempo tinha questionado o exame de rastreamento, voltou a ter posicionamento favorável, pois é uma das formas mais eficazes de descobrir o tumor em estágio inicial e, consequentemente, conseguir maior sucesso no tratamento.
“As novas estatísticas devem contribuir para o conhecimento do que é a doença, como podemos tratá-la, além da importância do rastreamento precoce, pois em qualquer tipo de câncer, com um diagnóstico tardio é sempre mais difícil de tratar” comenta Anderson Silvestrini, presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC).
Tão importante quanto o diagnóstico precoce é a forma de tratamento e, em qualquer que seja o tipo de câncer, é consensual que a doença não precisa estar associada a um atestado de morte. “Com as novas descobertas, tratamentos individualizados de acordo com a linha histológica e drogas cada vez mais avançadas e alvo-específicas, as taxas de remissão ou cura são hoje uma realidade incontestável, ao mesmo tempo em que a qualidade de vida do paciente é cada vez maior”, destaca Silvestrini.
Para o câncer de próstata, por exemplo, a medicina conta com alternativas cada vez menos dolorosas que aumenta a aderência do paciente ao tratamento. Uma dessas substâncias é o acetato de leuprorrelina, que tem aplicação subcutânea (sob a pele), proporcionando maior conforto ao paciente. Além disso, a agulha, por ser menor e mais fina, facilita a adesão da leuprorrelina.
Outros casos
O câncer mais comum, tanto nos homens quanto nas mulheres, é o de pele do tipo não melanoma, com estimativa de 2.230 novos casos diagnosticados este ano. Segundo o Inca, este tipo acomete mais a população de pele clara, do tipo que queima e não bronzeia, mas que tem um bom prognóstico, com chances de cura muito alta. O Inca estima que 1.030 homens tenham a doença na Paraíba, 140 só em João Pessoa, e 1.200 mulheres, 150 na Capital.
Nos homens, a terceira neoplasia com maior estimativa de novos casos é o câncer de estômago, com 200 diagnósticos; seguido por câncer na cavidade oral (160 casos), na traquéia, brônquio e pulmão (140 novos casos) e laringe (100 casos). As neoplasias no colón e reto, na bexiga, no esôfago, o linfoma não Hodgkin, no sistema nervoso central, leucemia, na pele do tipo melanoma e em outras localizações totalizam 1.010 novos casos em 2012.
O terceiro câncer que mais acometerá as mulheres paraibanas este ano é o de colo de útero, com 320 novos casos. Em seguida está o câncer na glândula tireóide, com estimativa de 160 novos casos; o câncer de estômago, com 140 novos casos; e o de cólon e reto, com 100 casos. O restante das neoplasias mais comuns nas mulheres paraibanas (traquéia, brônquio e pulmão; cavidade oral; bexiga; ovário; esôfago; linfoma não Hodgkin; leucemias; do sistema nervoso central; corpo do útero; de pele do tipo melanoma; e em outras localizações) totalizam 1.620 novos casos.
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