Bem-estar, equilíbrio e satisfação devem fazer parte de todas as áreas da vida, inclusive profissional. Neste Janeiro Branco, mês que aborda a conscientização sobre saúde mental, a relação com o trabalho tem sido cada vez mais debatida e levada em consideração ao se falar sobre qualidade de vida. Psicólogo do Hapvida NotreDame Intermédica, Marcos Sueudy, ressalta a importância de criar uma rotina agradável no ambiente corporativo, indo além das demandas e responsabilidades.
Seja no modelo home office, híbrido, ou presencial, o especialista reconhece que o trabalho ocupa maior parte do dia das pessoas, mas nem por isso, deve tomar todo o tempo: “Todo trabalho tem uma rotina preestabelecida, mas é responsabilidade do trabalhador separar o tempo para o trabalho e o tempo para o descanso”, pontua, destacando que é necessário realizar pausas e se relacionar com pessoas nesses intervalos.
Desde a pandemia da covid-19, a internet ganhou um espaço ainda maior na vida das pessoas, inclusive no trabalho. As consequências incluem jornadas mais extensas e a dificuldade em se desligar dos compromissos, o que também pode afetar o equilíbrio emocional. A saída é respeitar o momento de cada coisa. “O entretenimento desenfreado tem poluído nossa vida. Essa ‘ponte’ que liga o nosso trabalho a qualquer hora e lugar nos leva a viver o trabalho a todo instante. Viver o ‘tudo tem seu tempo’ é o mais prudente neste século”, orienta.
Síndrome de burnout – Quando o desgaste está indo além do esperado, é o momento de investigar se está tudo bem. A Síndrome de Burnout, também conhecida como ‘Síndrome do Esgotamento Profissional’, é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, resultantes de situações de trabalho que demandam muita competitividade ou responsabilidade. A doença foi inserida na lista oficial da Organização Mundial da Saúde após muitos casos relatados em todo o mundo.
Marcos Sueudy detalha a diferença entre o burnout e o cansaço normal que uma rotina de trabalho causa. “No desgaste comum, ao descansar, a pessoa já sente as forças renovadas. Já na síndrome de Burnout, não; ela adoece o trabalhador, gera dores físicas e emocionais, e que muitas vezes vão além para uma invalidez”, conta.
O psicólogo finaliza alertando sobre a brevidade da vida e a importância de dar a devida atenção ao trabalho, mas sem permitir que ele ocupe todos os espaços. “Você é e sempre será maior que o trabalho. Sua vida profissional é o resultado de seu grande esforço antes, e agora levar esse tempo com responsabilidade é a cereja do bolo de sua existência. Viva o hoje e viva a vida”, disse.
PB Agora
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