É comum na rua e até nas farmácias encontrar óculos de grau à venda. Os acessórios possuem graus variados e são feitos sem levar em consideração as necessidades específicas de quem está à sua procura. Oftalmologista do Hapvida NotreDame Intermédica em João Pessoa, Camila Gadelha explica que a consulta com o especialista é fundamental antes da compra do produto.
“Quando a pessoa compra óculos na rua sem ir ao oftalmologista, ela está deixando de descobrir alguma doença silenciosa. Na consulta não vemos apenas o grau que uma pessoa precisa: vemos nervos, vasos, conseguimos diagnosticar doenças vasculares, autoimunes e neurológicas. Se a pessoa precisa de óculos e não faz consulta, está correndo risco”, pontuou.
Além de não resolver o problema de visão, comprar óculos de grau sem passar pela avaliação do oftalmologista pode acarretar mais desgaste visual, além de poder ocasionar sintomas incômodos, como dores de cabeça.
A especialista alerta sobre a necessidade de manter uma frequência de consulta com oftalmologista, ainda que a pessoa não tenha queixas de problemas. O ideal, defende ela, é que a visão seja acompanhada desde a infância até a fase idosa, já que cada etapa pode estar relacionada a uma doença.
Nos primeiros dias de vida de um bebê, o teste do olhinho ajuda a identificar doenças que podem acometer a vista da criança. Na primeira infância, é possível que a criança desenvolva uma alergia ocular; já na fase escolar é quando surgem os sintomas ligados à miopia. Na adolescência pode aparecer o ‘ceratocone’, uma doença que altera a anatomia da córnea e, na vida adulta, o glaucoma é uma das enfermidades mais diagnosticadas. Já os idosos costumam ser acometidos pela catarata.
“Não espere surgir um sintoma. Visita regularmente o oftalmologista, faça uma consulta a cada ano e cuide preventivamente de sua visão”, orienta a médica Camila Gadelha.
Da Redação com Assessoria