O Núcleo de Doenças Crônicas e Negligenciadas da Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba, com o apoio Complexo Hospitalar Clementino Fraga, realizou, nessa terça-feira (14), uma capacitação sobre manejo clínico da tuberculose e coinfecção de tuberculose e HIV para profissionais da atenção básica do município de Bayeux. O objetivo é fortalecer as ações de vigilância, diagnóstico e tratamento na Atenção Primária à Saúde nos municípios que têm apresentado índices elevados da doença.
Segundo a médica Gerlania Simplício de Sousa, pneumologista do Complexo Hospitalar Clementino Fraga, sintomas como tosse seca por mais de três semanas, febre, cansaço e escarro de cor amarelo-esverdeada são alertas para a tuberculose. Em se tratando de pessoas vivendo com HIV, essa margem de atenção da observação da tosse diminui para duas semanas. “Nos últimos dois anos temos observado um aumento do número de casos associados de HVI e tuberculose e essa coinfecção é um desafio a ser enfrentado na erradicação da tuberculose”, pontua.
A chefe do Núcleo de Doença Crônicas e Negligenciadas, Anna Stella Pachá, detalha os dados que motivaram a ação. “Em 2021, a Paraíba registrou 1.283 novos casos de tuberculose. Nesse mesmo período, no município de Bayeux foram 50 casos novos da doença notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificações. É um número bastante relevante que gerou a necessidade de fortalecer as ações. Deste modo, estamos utilizando como critério de escolha municípios prioritários para a tuberculose que em 2021 apresentaram uma incidência elevada para a doença. Hoje, foram 44 profissionais entre médicos e enfermeiros qualificados em apenas um município”, afirma.
De acordo com Anna Stella, em março foram qualificados coordenadores dos programas municipais de controle da tuberculose de 17 municípios que compõem a 1ª Macrorregião de Saúde, que também apresentaram dados importantes de incidência de tuberculose. “Esse é o segundo momento em que realizamos essa qualificação, desta vez a qualificação está sendo para profissionais de saúde que trabalham na assistência direta da pessoa com tuberculose em unidades de atenção primária, unificando as orientações e fortalecendo ainda mais as ações de controle da doença. Essa ação deve continuar, já estamos organizando mais duas qualificações como esta para o próximo mês”.
Durante a qualificação, foram passadas orientações sobre tuberculose ativa e latente, sinais e sintomas, diagnóstico, coinfecção tuberculose/HIV, importância dos exames laboratoriais e tratamentos. O fluxo de atendimento compreende a assistência desde a rede básica de saúde, onde há acesso a baciloscopia de escarro e também ao raio-x que pode diagnosticar a doença. É importante destacar que a rede laboratorial do estado também disponibiliza o Teste Rápido Molecular – TRM e a cultura de escarro que são primordiais.
A tuberculose é uma doença infecciosa que passa de pessoa a pessoa e precisa ser diagnosticada e tratada precocemente para a quebra da cadeia de transmissão, seu tratamento é gratuito e disponibilizado nos postos de saúde. A vacina BCG protege a criança das formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a tuberculose meníngea e é fornecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde.
PB Agora
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