Secretaria de Saúde da PB investiga caso suspeito de Mpox; no País casos ultrapassam os mil confirmados

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A Secretaria de Saúde da Paraíba divulgou ontem (11), que está investigando um um novo caso de Mpox (popularmente conhecida como varíola dos macacos). Até o momento, o estado havia confirmado apenas um caso este ano. Na Paraíba, dos 819 casos notificados desde o início do surto, em 2022, até agora, apenas 108 foram confirmados, sendo um deles em 2024.

O Ministério da Saúde reportou que, de janeiro a setembro de 2024, foram notificados mais de 1.000 casos de Mpox no Brasil, superando o total de 853 casos registrados durante todo o ano de 2023.

Atualmente, há um caso em investigação no estado, conforme confirmado pela Secretaria Estadual de Saúde. A paciente está em isolamento domiciliar enquanto aguarda o resultado dos exames realizados no LACEN. Até o momento, o caso investigado não resultou em hospitalização.

Segundo a Secretaria, a maioria dos casos suspeitos foram descartados, com 679 casos sendo considerados não confirmados. Oito cidades paraibanas registraram casos suspeitos ou confirmados desde o início do surto.

Originalmente chamada monkeypox, a doença recebeu esse nome devido ao seu isolamento inicial em macacos em 1958. No entanto, a associação com os animais levou a confusões, resultando na mudança do nome para Mpox para evitar estigmatização.

A Mpox é causada por um vírus da mesma família da varíola, uma doença erradicada através da vacinação até a década de 1970. Apesar de semelhante, a Mpox não causa lesões tão severas quanto a varíola e não tem a mesma letalidade. O vírus foi identificado em seres humanos desde a década de 1950, com um surto notável em 2022.

A transmissão da Mpox ocorre principalmente de pessoa para pessoa através de contato direto com secreções ou lesões. De acordo com o infectologista Fernando Chagas, cinco internações por Mpox foram registradas no estado da Paraíba.

Chagas informou também que a doença não se compara à COVID-19 em termos de transmissibilidade, mas a variante Clado 1B da Mpox, que surgiu na África, demonstrou uma maior capacidade de transmissão e uma letalidade significativamente mais alta.

Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) acompanha a situação de perto, especialmente com o surgimento de novos casos em países fora da África, incluindo a Suíça. Embora não se espere uma pandemia semelhante à COVID-19, a vigilância e as medidas de isolamento são essenciais para controlar a propagação.

Fernando Chagas destacou que serviços de saúde têm aprimorado suas estratégias de monitoramento e resposta, aprendendo com a pandemia anterior. Segundo ele, qualquer surto de Mpox deve ser gerido com atenção, sem criar pânico ou medidas extremas como lockdowns.

A população deve estar atenta às orientações das autoridades sanitárias e continuar a seguir práticas de higiene e prevenção para minimizar o risco de transmissão.

Redação

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