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SES reforça recomendações para prevenção ao mosquito Aedes aegypti causador da dengue

Como parte das atividades alusivas ao Dia Nacional de Mobilização para prevenção da proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, e a Secretaria de Estado da Saúde (SES) chama a atenção da população para os cuidados com a prevenção. Algumas atitudes simples como a limpeza de calhas, quintais e a retirada de água parada de recipientes podem evitar o ciclo de reprodução do mosquito.

A mobilização nacional de prevenção é próxima ao início da estação mais quente do ano, o verão, que também é conhecida pela intensa propagação dos agravos transmitidos pelo Aedes aegypti. De acordo com o chefe do núcleo de fatores biológicos e entomologia do estado, Luiz Almeida, a combinação entre altas temperaturas e chuvas intermitentes favorece o aumento da população do mosquito, sendo necessário tomar as medidas preventivas com antecedência e cotidianamente.

“Os ovos colocados há semanas ou meses, quando em contato com a água das chuvas, podem eclodir e dar origem a novos mosquitos. A fêmea coloca os ovos na parede dos reservatórios e quando em contato com a água, em um período de sete dias, haverá novos mosquitos para alimentar o ciclo, daí a importância da limpeza dos reservatórios e do descarte de materiais que não têm serventia” explica Luiz Almeida.

Para que o ciclo de reprodução do mosquito seja interrompido é necessário cobrir os reservatórios de água, evitar objetos que acumulem água parada como pneus, garrafas, vasos de planta e até bebedouros de animais e brinquedos infantis. “A gente orienta que, caso não seja possível se descartar esses objetos, que a população faça a limpeza pelo menos uma vez por semana com água e sabão, para eliminar os ovos do mosquito”, reforça.  

De acordo com o último boletim epidemiológico das arboviroses, foram registrados na Paraíba até o início do mês 8.797 casos prováveis de chicungunya, 1.349 de zika e 13.194 de dengue. A técnica da SES responsável pelas Arboviroses, Carla Jaciara, reforça que, apesar do aumento da notificação dos casos suspeitos de dengue, o número pode ser ainda maior, pois os sintomas podem ser confundidos com os da covid-19.

“A população tem que ficar atenta aos sintomas como febre, dor no corpo, dor de cabeça, diarreia ou dores abdominais, conjuntivite e dores nas articulações. A qualquer destes sinais deve-se procurar a atenção básica para que seja feito o diagnóstico e identificar se o quadro é de arbovirose, ou se trata de covid-19. Este atendimento é importante para a notificação dos casos e para o tratamento adequado do paciente”, ressalta a técnica.

Do primeiro ao quinto dia pode ser realizado o teste PCR, que é padrão ouro no diagnóstico das arboviroses e do novo coronavírus. Caso seja procurado o serviço de saúde após este período, é realizada a sorologia, para determinar o agravo. Carla Jaciara reforça ainda que a notificação também é importante para seja mapeada a situação das arboviroses na Paraíba, para que seja identificado o local de predominância dos casos, bem como o tipo de vírus da dengue em predominância no estado.

“É fundamental essa notificação para as ações de vigilância, tanto para o monitoramento dos casos, quanto para intensificar as ações de prevenção. Aqui na Paraíba, por exemplo, temos circulando a dengue tipo 1 e 2, sendo possível o indivíduo contrair duas vezes, sendo a segunda mais agravada que a anterior, já no caso da zika e chikungunya, só é possível uma vez”, explica.

A SES orienta a população a procurar os serviços de saúde e não recorrer a soluções caseiras, ou automedicação. A secretaria reforça aos profissionais de saúde a notificação em tempo oportuno no sistema Sinan Net. As Atividades de Controle das Arboviroses seguem ativas, e as Secretarias Municipais de Saúde continuam sendo orientadas a intensificar as ações de modo integrado; sensibilizando a população quanto ao autocuidado para eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti.

Da Redação

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