Dizer “sim” após a perda de um ente querido pode ser doloroso, mas também pode representar a mudança na vida de pessoas que esperam por um transplante. Nesse dia 1º de setembro, mês dedicado à conscientização sobre a importância da doação de órgãos, o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires realizou, em parceria com a Central de Transplante da Paraíba mais uma captação de multiórgãos para transplante. Após a confirmação da morte encefálica de uma paciente de 42 anos, moradora da cidade de Sapé, a família autorizou a doação dos órgãos. Fígado e rins beneficiarão três pessoas que aguardavam na Fila Única da Central de Transplante. Os receptores são dos estados da Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco.
De acordo com a enfermeira da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do Metropolitano, Patrícia Monteiro, a autorização da família para que a doação ocorra é primordial. “Desde o momento da abertura do protocolo de morte encefálica até a confirmação, após exames criteriosos, realizamos um trabalho de esclarecimento e acompanhamento junto à família. Buscamos sensibilizá-los para um sim, que ajudará a salvar outras vidas”, declarou.
Reafirmando o trabalho de sensibilização realizado na unidade hospitalar, o diretor assistencial, Gilberto Teodozio, explicou que as equipes assistenciais e multidisciplinar realizam atividades contínuas junto às famílias. “Nossas equipes são treinadas e humanizadas, a fim de lidar com este momento extremo de dor, esclarecendo tudo o que for necessário, acolhendo os familiares e dando todo suporte a eles. Esse é um trabalho que envolve várias pessoas e que ajuda a salvar vidas que estão na lista de transplante à espera de um doador”, ressaltou.
Além de realizar captação de órgãos desde o primeiro ano de atividades (2018), o Hospital Metropolitano recebeu o credenciamento para realização de transplante cardíaco adulto e pediátrico no último mês de junho, tornando-se a primeira instituição de Saúde Pública do Estado habilitada para este procedimento. “Neste período de pandemia o Metropolitano tornou-se também referência nos cuidados a pacientes acometidos pelo novo Coronavírus. Considerando o alto risco da Covid-19 para saúde de um transplantado, estamos agindo com cautela, e nos preparando para que no momento oportuno possamos, com segurança, realizar o primeiro transplante em nossa instituição”, acrescentou o diretor-geral, Antônio Pedrosa.
Setembro Verde – Mês alusivo às atividades de conscientização e sensibilização sobre a doação de órgãos e tecidos. Para ser um potencial doador, não é necessário deixar algo por escrito. Porém é fundamental comunicar à família o desejo de doação, pois para que o procedimento seja realizado, é necessário autorização familiar.
PB Agora
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