A Síndrome do Ninho Vazio foi definida por algumas culturas como o sofrimento relacionado à perda do papel da função dos pais devido à saída dos filhos de casa. Habitualmente, a síndrome do ninho vazio é pontual, ou seja, possui hora certa para ser findada, sendo que sua duração se estende do instante de separação dos filhos até o estabelecimento de uma nova ordem familiar. Para falar sobre esse tema foram ouvidas as psicólogas Gilwanya Ferreiira Goncalves e Danielle Azevedo que explicam o que é, sintomas, o que fazer quando filho sai de casa.
Segundo a psicóloga Gilwanya Ferreiira a síndrome do ninho vazio traz consequências preocupantes para o sujeito e os principais sintomas são, depressão, distúrbios do sono, melancolia, distúrbios alimentares, diminuição da libido, raiva dentre outros. “Então que tal pensar positivamente a situação orgulhando-se de ter cumprido a missão de criar os filhos e fazer deles homens e mulheres independentes? Por que não pensar mais em si próprio e ter mais tempo para realizar todos os sonhos que ficaram para traz em um período de vida em que os filhos pequenos e adolescentes não lhes davam tempo para realizar, realizar aqueles sonhos tão sonhados? Que tal praticar aquele esporte ou hobby predileto que não tinha tempo por ter tantos afazeres domésticos a serem efetuados a tempo e a hora para o bem estar dos filhos! Pense melhor a saída dos filhos e lembre-se que ela também é temporária, o ninho que foi construído com amor sempre recebe de volta seus ‘passarinhos’ quando querem retornar e lembrem – se também que muitas das vezes nossos ‘passarinhos’ trazem consigo novos ‘passarinhos’ para em seus ninhos pousar”, afirmou.
A especialista ainda indica que para casais que vivem juntos pense na possibilidade da mudança, as delícias de um novo recomeçar, o novamente “namorar” reformular os valores da vida a dois e todos os momentos compartilhar. “Para aqueles que vão ficar sozinhos pensem em uma nova “aventura” a possibilidade de refazer uma vida a dois, ou de juntar-se com os amigos e juntos realizarem todos os sonhos que um dia vocês juntos ou separados sonharam. E se ainda assim vocês acharem difícil enfrentar esta etapa da vida a Psicogerontologia pode ajuda, pois trabalharemos com métodos que vão ajudar na compreensão e na mudança de comportamento para que o sujeito em questão possa administrar melhor seus sentimentos encarando com normalidade e entendendo melhor não só esta etapa da vida, mas outras que por ventura possa ocorrer”, comentou.
Assim também pensa Danielle Azevedo onde alerta que a Síndrome do Ninho Vazio, habitualmente, é algo pontual. “Ela possui uma hora certa para findar. Sua duração se estende no instante da separação até o estabelecimento de uma nova ordem familiar”, elucidou. Se a Síndrome do Ninho Vazio ultrapassar este tempo, é hora de procurar atendimento psicológico. O que fazer para amenizar o impacto da saída dos filhos? A psicóloga aconselha os filhos a anunciar a saída com antecedência. “O planejamento faz parte da vida do ser humano, estruturar essa despedida vai ser interessante porque os pais estarão um pouco mais preparados. Essa fase vai ser vivida de maneira mais saudável, do que lidar com um rompimento brusco”, disse.
Os sintomas mais comuns relacionados a essa síndrome incluem:
• Insônia: por estar sempre com a mente lotada de ansiedades e pensamentos sobre os filhos e a como eles têm levado a vida, tomado suas decisões;
• Sentimento melancólico: ficam frustrados, então tendem a reviver memórias e pensar constantemente sobre como a vida familiar era diferente antes desse afastamento;
• Tristeza profunda com risco de depressão: por estar vivendo uma espécie de perda, há fortes chances de que esses pais entrem em um buraco, sentindo-se insuficientes e até inconvenientes na vida de um filho.
Como superar a síndrome do ninho vazio e lidar com essa fase?
Segundo os especialistas para lidar com a síndrome do ninho vazio e supera-la é necessário, primeiramente, que os pais consigam identificar esse cenário. “Perceber a saudade e o sentimento de falta é algo fácil, porque se trata de figuras que carregamos muito amor: os filhos. Entretanto, notar os comportamentos mais agressivos ou extremamente sentimentais que passamos a adotar com a ausência deles pode ser algo bem mais complicado. Superar essa síndrome exige um olhar mais interno, o desenvolvimento de uma percepção maior por parte desse pai ou dessa mãe, afinal é necessário entender a origem desses pensamentos e comportamentos”, disse Gilwanya.
Da Redação