A Fiocruz identificou que o surto de sarampo vivido em João Pessoa está sendo causado pelo vírus B3, que circula na África do Sul, e que provavelmente foi disseminado durante a Copa do Mundo. O laboratório do Rio de Janeiro confirmou, através de isolamento viral, os primeiros seis casos da doença, na Paraíba, e descartou um. Os resultados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), nesta quinta-feira (23). Das 40 notificações de casos suspeitos, feitas até agora, 33 continuam em investigação. Uma equipe da Vigilância em Saúde da SES está acompanhando as ações desenvolvidas em João Pessoa e nos municípios que notificaram casos suspeitos.
Das 40 notificações feitas até agora, 36 são de moradores de João Pessoa (distribuídos nos bairros de Manaíra, Aeroclube, Cidade Universitária, Geisel, Jardim Oceania, Miramar, José Américo, Brisamar, Valentina, Mussumagro, Bessa, 13 de Maio, Alto do Mateus, Cristo, Torre, Mangabeira, Mussumagro, Boa Esperança e Jardim Planalto); um de Bayeux e outro de Santa Rita (com fonte de infecção na Capital); um de Cabedelo e um de Coremas.
A gerente de Resposta Rápida da SES, Diana Pinto, explicou que o comportamento do vírus não muda em relação à cepa. “As ações de controle continuam. Precisamos quebrar a cadeia de transmissão e evitar uma epidemia. Provavelmente, o vírus foi disseminado durante a Copa do Mundo, na África do Sul. É o mesmo que está circulando no Rio Grande do Sul e na Argentina”, explicou.
Durante reunião desta quinta-feira, o Gabinete de Avaliação das Ações de Investigação do Sarampo na Paraíba – formado por técnicos do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa – apontaram a necessidade de intensificar as medidas de controle para evitar que o surto se espalhe para os outros municípios do Estado, através do bloqueio vacinal das pessoas que tiveram contato com possíveis infectados e da intensificação da Operação Limpeza, em todo o município de João Pessoa, vacinando a população entre 1 e 49 anos.
A doença – O sarampo é uma doença viral transmitida por secreções das vias respiratórias como gotículas eliminadas pelo espirro ou pela tosse. O período de incubação (tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas) é de até 18 dias. A transmissão ocorre seis dias antes e quatro dias depois do aparecimento das manchas. A SES orienta que toda pessoa que apresentar febre com manchas avermelhadas na pele, acompanhada de tosse, coriza ou conjuntivite, independente da idade e situação vacinal, deve procurar um serviço de saúde mais próximo para ser avaliado.
Assessoria de Imprensa da SES-PB