O Hospital Padre Zé, que enfrenta uma crise financeira, conseguiu a suspensão temporária de um empréstimo no valor de R$ 13 milhões, realizado durante a gestão do padre Egídio. O atual diretor, padre George Batista, revelou a informação durante entrevista ao programa “Correio Debate”, da Rede Correio Sat, nesta terça-feira (5).
A situação delicada levou a uma reunião com a presidência da Caixa Econômica, resultando em um acordo para a suspensão das parcelas do empréstimo. Com isso, o hospital busca estabilidade para seu processo de reconstrução administrativa, enfrentando um déficit que foi reduzido de R$ 300 mil para R$ 200 mil.
Padre George também destacou esforços para angariar recursos, mencionando reuniões com empresários da cidade. A iniciativa visa facilitar o pagamento da folha salarial, que atualmente gira em torno de R$ 700 mil. Empresários comprometeram-se a levantar recursos entre R$ 200 mil e R$ 300 mil em um período de três meses.
Em um gesto de apoio, um empresário da capital comprometeu-se a custear a folha salarial dos funcionários e prestadores de serviços referente ao mês de agosto. No entanto, a crise financeira resultou em cerca de 20 demissões.
Enquanto o hospital lida com seus desafios financeiros, o ex-diretor, padre Egídio de Carvalho, permanece detido desde 17 de novembro, após a segunda fase da Operação Indignus, que investiga um suposto esquema de desvios estimado em R$ 140 milhões envolvendo o Instituto São José, responsável pelo Hospital Padre Zé, e a Ação Social Arquidiocesana. As irregularidades teriam ocorrido entre 2013 e setembro deste ano, segundo o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).
