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TAC para organizar atendimento no SUS, em Guarabira, será assinado nesta 3ª

 Será assinado, nesta terça-feira (31), às 14h, na Promotoria de Justiça de Guarabira, o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que visa organizar o atendimento de saúde no município de Guarabira, para resolver entre outros problemas a superlotação no Hospital Regional e a retenção de macas do Samu e do Corpo de Bombeiros nos serviços de urgência e emergência. Dentre as medidas previstas no TAC está a implementação do projeto-piloto “Saúde no Lugar Certo”.

 

O projeto foi construído durante as reuniões promovidas pela promotoria com os gestores municipais e estaduais dos serviços de saúde. Essas reuniões integram o procedimento administrativo 3050/2017, instaurado em 31 de agosto, para apurar as falhas no sistema de atendimento do SUS, no município.

 

O projeto prevê os vários tipos de atendimentos que são dados aos pacientes no município, de modo a agrupá-los de acordo com uma cor de classificação de risco relacionada à gravidade do problema (azul, verde, amarela e vermelha) e a indicação dos serviços de referência para os atendimentos. Esse trabalho foi necessário para evitar, por exemplo, a superlotação de hospitais com demandas que podem e devem ser tratadas nas unidades de saúde dos bairros.

 

Segundo a 5ª promotora de Justiça em substituição, Andréa Bezerra Pequeno de Alustau, o escopo do projeto “Saúde no Lugar Certo” não é a classificação de risco em si e o tempo de espera para o atendimento, mas sim, conseguir melhorar os serviços de saúde de Guarabira, através da educação da população e dos profissionais de saúde para que procurem o serviço de saúde adequado ao tipo de problema médico. “Com isso, acreditamos que a demanda do hospital regional cairá cerca de 30%, impactando, inclusive, na diminuição da retenção de macas do Samu e dos Bombeiros, problema seriamente enfrentado em todo o Estado”, disse.

 

Ela destacou que “o sucesso do projeto está intimamente ligado ao diálogo de todas as esferas de poder: Prefeitura de Guarabira, através da Secretaria de Saúde, e do Governo do Estado, através do Hospital Regional e da UPA, além dos outros integrantes: Samu, Corpo de Bombeiros, 2a Gerência de Saúde, todos intermediados pela promotoria de saúde de Guarabira”.

 

Em relação ao problema da retenção de macas na UPA e no Hospital Regional, ficou conversado que será dada prioridade de atendimento ao Samu e ao Corpo de Bombeiros, a depender da classificação de risco dos pacientes, no prazo de 30 minutos e, caso não haja a liberação, será acionado os funcionários responsáveis pela solução do problema na unidade.

 

Triagem de pacientes
Segundo Andréa Bezerra, o paciente que chegar em determinada unidade de saúde com indicação para ser atendido em outra, passará pela triagem e classificação de risco e o responsável da área médica fará o seu devido encaminhamento para a unidade de saúde adequada para o seu caso, através do preenchimento da ‘ficha de referência e contrarreferência’, que será padronizada pelos integrantes do projeto.

 

Ficou definido que o formulário de triagem, referência e contrarreferência adotado para organizar o atendimento deverá conter os dados pessoais e clínicos dos pacientes, com a indicação da unidade básica de saúde de referência, de acordo com seu endereço; os motivos do encaminhamento e os dados para contrarreferência.

 

A CLASSIFICAÇÃO DE RISCO, DE ACORDO COM SERVIÇO DE SAÚDE

 

* UBS – azul: obtenção de receitas e atestados médicos, curativos e atendimentos de pessoas com febre de até 38 graus;

* UPA – verde: todos os atendimentos que não estejam na seara do Hospital Regional;

* Hospital Regional – verde: Idosos e pessoas com deficiência, avaliação cirúrgica e acidentes antirrábicos e picadas de animais peçonhetos;

* Hospital Regional – amarela: crise hipertensiva, crise asmática, dor abdominal intensa, hemorroidas etc.

* Hospital Regional – vermelha: acidentes por armas de fogo e branca, trauma, hemorragia digestiva alta e baixa, edema pulmonar, envenenamento e intoxicação grave etc.

 



Ascom

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