A gerente da 3ª Gerência Regional de Saúde, Tatiana Medeiros, comentou sobre o boletim de casos de dengue e doenças relacionadas na Paraíba e citou que os dados não estão correspondendo com o que é visto no Estado.
Ela disse que o boletim aponta uma redução de notificação de casos de dengue, chikungunya e zika e assegurou que não é isso que está acontecendo.
Em entrevista a Rádio CaturitéAM, Tatiana mencionou que no ano de 2015 foram 29 mil casos notificados, em 2016 foram 49 mil casos e citou que em 2017 não deve ser diferente em relação ao crescimento dos casos, tendo em vista o grande número de foco de mosquitos em todos os municípios.
A gerente de saúde também disse que o que pode estar acontecendo é a subnotificação de casos, onde as prefeituras que têm novos prefeitos podem estar modificando suas equipes de saúde.
– O primeiro boletim publicado neste ano mostra uma queda no número de notificações que, no meu entendimento, não corresponde à situação epidemiológica atual. O que pode estar acontecendo é a mudança nessas gestões de prefeituras, onde a equipe como um todo é substituída e as pessoas talvez ainda não tenham o traquejo da situação. Temos, no nosso estado, um alerta em relação à tríplice epidemia – enfatizou.
Tatiana Medeiros também comentou sobre a falta de medicamentos de uso contínuo e disse que existe uma confusão acerca dos medicamentos que precisam de requerimento judicial para ser entregues e os que não precisam.
Ela destacou que medicamentos como os de tratamento para diabetes são de responsabilidade do setor jurídico, e não do Cedmex.
A gerente também disse que o Cedmex hoje disponibiliza mais de 250 medicamentos e que menos de 15 estão em falta atualmente.
– Há sempre uma confusão de pacientes que pegam medicamentos de uso contínuo e aqueles que recebem medicamentos através de requerimento judicial. As pessoas falam de um modo geral, se referindo ao Cedmex porque ele funciona no mesmo prédio do setor judicial – frisou.
Redação