O mês de março é marcado pelo período de atenção à mulher. Além do Dia Internacional, o mês também é voltado para a saúde feminina e em especial, é feito o alerta sobre o câncer de colo de útero, através do Março Lilás. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), ele é o terceiro tumor maligno mais frequente em mulheres e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
Diretor de oncologia do Sistema Hapvida, o médico Alexandre Gomes explica que apesar do perigo em potencial, esse tipo de câncer é facilmente identificável em exames de rotina. O principal meio de rastreio é através do papanicolau, e a depender do caso, uma colposcopia com biópsia também pode ser solicitada pelo especialista. “Quando se é diagnosticado precocemente, a taxa de cura é alta”, afirma.
Alexandre revela que a colposcopia indica se há alguma alteração celular no colo do útero. De acordo com o especialista, o câncer surge devido a essa mudança nas células, que costuma ser causada pelo Papilomavírus Humano, conhecido como ‘HPV’. Em caso do tumor ser detectado, os tratamentos variam conforme o avanço da doença. “Pode ser retirada parte do colo do útero, ou todo o útero, que podem ser seguidos de quimioterapia ou radioterapia, a depender da situação”, pontua.
Fatores de risco – A infecção pelo HPV pode levar ao câncer de colo de útero e pode ser transmitida através de relação sexual. O oncologista sugere o uso de preservativo para reduzir as chances de contaminação. O cigarro também aumenta a probabilidade de desenvolver a doença, que pode estar relacionada à frequência do fumo. “Quanto mais você fuma, maior a chance de desenvolver o câncer”, detalha.
Na infância – A vacina contra HPV, que costuma ser ofertada para crianças, também ajuda na prevenção e o médico incentiva que pais vacinem seus filhos. “Isso já está dentro do calendário vacinal e é importante que os pais façam esse encaminhamento”, comentou.
Dados – O Inca estima 16.710 casos e 6.596 mortes pela doença.
Assessoria