O transtorno bipolar atinge cerca de 140 milhões de pessoas no mundo e é considerado uma das principais causas de incapacidade, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil são 15 milhões com o problema.
Nesta quarta-feira (30), Dia Mundial do Transtorno Bipolar, a neuropsicóloga do Sistema Hapvida, Jessyca César, explica que o transtorno bipolar é uma doença crônica, que vai muito além das mudanças bruscas de humor, e que coloca a vida do paciente em risco, especialmente por conta dos pensamentos suicidas e da impulsividade.
A especialista destaca que a bipolaridade é caracterizada por extremos altos e baixos emocionais. “Associados com diversas modificações do cérebro, os tipos de transtorno bipolar têm uma relação direta com a produção da serotonina, substância responsável pelo bom funcionamento cerebral. Conhecer e saber identificar quais são os sintomas, bem como procurar ajuda médica especializada de um psiquiatra são diferenciais para controlar a doença e ter uma rotina com qualidade de vida”, informa.
Os principais sintomas do transtorno bipolar, segundo a neuropsicóloga, são: episódios de mania e depressão, além de delírios, alucinações, ansiedade, lentidão psicomotora. Também podem ser registrados hipomania (tem como característica energia em excesso, impaciência, agitação e impulsividade) e ciclotimia (mudanças cíclicas de humor).
Jessyca César explica que é preciso diferenciar a bipolaridade de uma variação de humor normal. No caso do transtorno bipolar, o humor varia dentro de um tempo maior, obedecendo a ciclos. Já quem é emocionalmente instável tem um humor que se altera devido a fatores internos (o que não está à sua volta). Muito embora que comportamento de outras pessoas pode afetá-lo.
Diagnóstico – O diagnóstico da doença é feito através da história clínica do paciente e do exame psíquico, que é a avaliação pelo médico dos sinais e sintomas observados no paciente. “Para que uma pessoa tenha o diagnóstico de transtorno bipolar, é necessário que o paciente apresente pelo menos um episódio de mania (euforia)”, ressalta.
Tratamento – O tratamento do transtorno afetivo bipolar é feito principalmente com medicação, pois geralmente o humor instável está relacionado a desequilíbrios eletroquímicos no cérebro que necessitam de medicamentos para serem tratados. Os medicamentos mais comumente prescritos por psiquiatras são estabilizadores de humor e antidepressivos.
A terapia, segundo a especialista, tem o objetivo de ajudar os pacientes a seguirem o tratamento recomendado. Este trabalho em grupo ajuda a pessoa, seus parceiros ou parentes, a entender o transtorno bipolar e os seus efeitos. “A terapia irá auxiliar e junto com paciente compreender seu diagnóstico e buscar o que fazer para um maior controle dos sintomas”, orienta.
PB Agora
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