O Hospital de Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, realizou, nessa segunda-feira (19), a primeira captação de coração. Além do coração, foram captados fígado, rins e córneas. Os órgãos foram doados pela família de uma adolescente de 16 anos que foi vítima de uma acidente automobilístico entre uma moto e um carro. A jovem deu entrada na unidade no último dia 15 de outubro e apresentou morte encefálica na última sexta-feira.
O fígado e o coração seguiram para um receptor em Pernambuco. As córneas ficaram na Paraíba e o rins vão para o Ceará.
Doações – Há um ano, a Paraíba tem crescido em números de captação de órgãos e de transplantes. Só em 2020, foram realizadas 15 captações em doadores de múltiplos órgãos e 29 transplantes de órgãos, incluindo medula. Os procedimentos superam a média de 2019, quando a captação foi de menos de um órgão doado por mês.
Em 2019, foram realizadas 22 captações em doadores de múltiplos órgãos e 66 transplantes de órgãos, incluindo medula. Com as doações, 45 pacientes deixaram a fila de transplantes na Paraíba e mais 19 em outros estados. A média de doações de janeiro a agosto do ano passado foi de 0,8 órgãos por mês. Já em 2020, embora os meses de março, abril e maio não tenham entrado para a estatística em virtude da pandemia da Covid-19, a Paraíba atingiu a média de 3 órgãos por mês no mesmo período.
Como doar – O doador deve ter entre dois e 80 anos de idade e não pode apresentar doença comprometedora do órgão ou tecido. Após o óbito, a família do doador informa ao hospital o seu desejo de doar ou entrar em contato com a Central de Transplante. Vários órgãos podem ser doados: cartilagem, coração, córnea, fígado, intestino, medula óssea, ossos, pâncreas, pele, pulmão, rim e válvula.
PB Agora