Nos seis primeiros meses deste ano, o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, realizou 6.051 atendimentos relacionados a acidentes de trânsito. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior, verifica-se um aumento de 615 casos.
Entre os tipos de acidentes mais frequentes, destaque para os de moto, que representaram 4.572 casos (4.226 em 2018). Os outros casos se dividem em atropelamentos (310 em 2019 e 316 em 2018), acidentes de bicicleta (449 em 2019 e 417 em 2018) e acidentes de Carro (720 em 2019 e 477 em 2018).
De acordo com a diretora geral do Trauma-CG, Dra. Ingrid Ramalho, esses números representam um aumento de 10% comparado ao ano de 2018, repercutindo em superlotação e aumento dos gastos do hospital. “É necessária implantação de medidas de fiscalização mais rígidas para tentar combater essa epidemia chamada acidente de trânsito”, destacou ela.
Para o médico ortopedista do Hospital de Trauma de Campina, Eldiman Soares, esse aumento do número de acidentes de moto é uma associação de álcool e imprudência. Já pode ser tratado como uma epidemia os acidentes com os motociclistas.
Conforme o Dr. Eldiman, geralmente os pacientes vítimas desse tipo de acidente que chegam à unidade de saúde apresentam múltiplas lesões, que demandam procedimentos complexos.
O agricultor João Batista dos Santos, de 21 anos, faz parte dessas estatísticas. Interno na Ala Ortopedia II, especializada em cuidados ortopédicos, ele chegou ao maior hospital do Estado no dia 28 de junho, após colidir em um poste quando foi livrar de atropelar um cachorro.
“Eu estava indo para casa, quando enxerguei um cachorro atravessando na minha frente. Quando eu fui desviar do animal perdi o equilíbrio da moto e me choquei com o poste”, relatou João.
Já o pedreiro Marcos Antônio da Silva Sousa, 43 anos, foi vítima de um atropelamento quando vinha caminhando na BR-104, que liga as cidade de Lagoa Seca a Campina Grande-PB. Ele teve fratura nos braços e penas.
“Pelo que me falaram, as pessoas que passavam pelo local viram e chamaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que me resgatou e trouxe para o Trauma de Campina”, relatou Marcos
Secom