Mais de sete mil atendimentos foram realizados no Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, para retirada de objetos estranhos em várias partes do corpo, somente em 2018. Adultos e crianças lideraram respectivamente essas entradas na unidade de saúde.
Segundo estatísticas da instituição, de janeiro a dezembro, 1.506 crianças de 0 a 12 anos e 4.820 adultos deram entrada na unidade com algum corpo estranho preso no olho, ouvido, nariz ou garganta. No total, foram feitos 7.097 atendimentos a vítimas de corpo estranho. Sendo a maioria do sexo masculino com 4.687, o que representa 66% dos casos.
Corpo estranho é qualquer objeto ou substância que acidentalmente penetra o corpo. Pode ser colocado de forma acidental pelo olho, narinas, ouvido, boca ou órgãos genitais. O risco é maior quando o objeto estranho é aspirado para o pulmão, podendo causar obstrução parcial ou até total dos brônquios. Casos de crianças que aspiram ou ingerem corpos estranhos se tornam mais grave pelo fato de não saberem descrever os sintomas e não terem capacidade de expelir o objeto sozinho.
Para a otorrinolaringologista Aracely Fernandes, os casos são frequentes na emergência da unidade de saúde. “Em adultos, geralmente são as espinhas de peixes, ossos de galinhas, moedas e insetos, tais como: formiga, abelha, muriçoca e até carrapato. Já em crianças as sementes de feijão, milho e laranja, como também em brinquedos e peças pequenas, espuma de colchão e miçanga, são os casos mais comuns” frisou.
A médica contou ainda um caso inusitado que aconteceu recentemente, na instituição, quando um jovem engoliu uma abelha. “O paciente tinha 22 anos, deu entrada no hospital após uma abelha entrar pela boca e o ferrão ficar na região mais baixa da hipofaringe, provocando uma forte reação alérgica”, completou.
Redação
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