UPAs de CG reduzem em até 70% o tempo de espera dos pacientes por atendimento

Resultados foram conquistados dois meses após implantação do projeto LEAN, do Ministério da Saúde, em conjunto com o Saúde de Verdade, da Prefeitura

Os pacientes que são atendidos nas Unidades de Pronto Atendimento de Campina Grande (UPAs) estão percebendo uma significativa melhora no tempo de espera para o atendimento. Em dois meses de implantação do projeto LEAN, em conjunto com ações do programa Saúde de Verdade, da Prefeitura de Campina Grande, a espera para o atendimento, após a entrada nos serviços, caiu cerca de 70%.

O projeto do Ministério da Saúde é baseado em uma metodologia que propõe a otimização dos processos, economia de gastos e melhoria da qualidade do atendimento aos pacientes. No total, 50 instituições de atendimento emergencial foram escolhidas em todo o país e, entre elas, estão a UPA Dr. Raimundo Maia (Alto Branco) e a UPA Dr. Adhemar Dantas (Dinamérica). O resultado de Campina Grande é um dos melhores do país.

Mesmo com tão pouco tempo, as mudanças já possibilitaram diversas melhorias aos pacientes, que não se restringem somente ao tempo de espera para o atendimento. A iniciativa também quase zerou a taxa de evasão, visto que os pacientes não vão mais embora do serviço, uma vez que são atendidos mais rapidamente.

Na UPA que fica localizada no bairro Alto Branco, o tempo de espera para atendimento médico, que já chegou a três horas e meia, reduziu para meia hora e o tempo de permanência na instituição até a alta reduziu de cinco horas para uma hora e meia. “É um projeto que veio para agilizar o andamento do serviço, no propósito de melhorar a qualidade do atendimento”, disse o médico e diretor clínico da UPA Dr. Maia, Luciano Túlio.

Esse é um dos objetivos do LEAN: além de reduzir o tempo de espera, baixar também o período de internação e complicações. Por isso, na UPA do Alto Branco, uma das boas práticas realizadas foi a implementação do Fast Track (Fluxo Rápido) da ortopedia, com medidas simples, como a busca do próprio médico aos pacientes, de forma que não haja absenteísmo (faltas). No Fast Track a redução da permanência do paciente, do atendimento até a alta foi ainda maior, passando de 7 horas para 48 minutos.

“Na UPA Dr. Maia, uma das principais mudanças foi na estrutura física da Ala Verde, houve mudanças no posto de enfermagem, sobrando mais espaço para que o paciente tenha mais conforto, a informatização, mudanças de ambientação e refrigeração, como também a vinda do médico ao serviço para que o paciente não precise enfrentar outra fila e retornar ao médico no consultório para receber alta, liberando ele o mais breve possível”, explicou Luciano.

As melhorias também ocorreram na UPA que fica localizada no bairro do Dinamérica, que só este ano já realizou mais de 77 mil atendimentos. O número já é maior que todo o total do ano anterior, quando em 12 meses foram registrados 71 mil procedimentos. Além disso, o tempo de permanência na unidade caiu de quase 7 horas para 1 hora e 27 minutos.

O projeto também é desenvolvido em parceria com técnicos da Universidade Federal Fluminense (UFF), que vieram avaliar a implementação do Projeto LEAN nas UPAs da cidade. “Viemos conhecer um pouco dessas UPAs e estamos vendo muitas melhorias. A equipe recebeu esse projeto e nós vemos hoje um nível de atendimento muito melhor, um acompanhamento muito melhor e uma diminuição do tempo de espera. Os funcionários estão trabalhando numa logística muito melhor e os pacientes ficam menos tempo e saem com o diagnóstico definido ou então uma transferência’, disse a representante técnica e enfermeira do Ministério da Saúde, Nicole Braz.

Redação com CODECOM/CG