Neste período de altas temperaturas é comum o surgimento de caravelas nas praias do Litoral nordestino. É exatamente durante o verão que ocorre o período natural de reprodução, momento em que os machos e as fêmeas são levados pelas correntes, provocando acidentes no contato com os banhistas.
Apesar do aumento desses animais durante o verão, nenhum caso de atendimento foi realizado este ano na Unidade de Tratamento de Queimados do Hospital de Trauma, onde] as vítimas recebem atendimento especializado. A recomendação durante esta estação é de muito cuidado, principalmente com as crianças, segundo o doutor Saulo Montenegro, coordenador da Unidade de Tratamento de Queimados do Hospital de Trauma. O aumento de temperatura dos oceanos beneficia a chegada das caravelas nas praias, aumentando os riscos de acidentes.
As águas-vivas são animais marinhos cobertos por células que injetam toxinas. O veneno, que serve para paralisar a presa, não é fatal aos seres humanos, mas provoca dores, fisgadas, irritações na pele, cãimbras e sensação de fortes queimaduras.
Em caso de queimaduras por caravelas, a vítima deve manter a calma e sair da água o mais rápido possível, sem tentar remover os tentáculos aderidos com as próprias mãos. Em terra, faça a remoção cuidadosa dos tentáculos aderidos à pele, sem esfregar a região atingida. A pessoa deve lavar o local atingido com água do mar e não deve utilizar água doce, pois ela poderá estimular mais descarga da toxina.
O doutor Montenegro informou que o modo mais simples de socorrer uma vítima de queimadura por caravela é lavar o local com água do mar e, em seguida, com uma solução de vinagre. A solução pode ser preparada com um litro de água acrescida de duas colheres de sopa de vinagre. Em seguida, é recomendável que a vítima seja levada até um hospital para fazer um tratamento adequado.
Redação